O dólar já está em trajetória de fortalecimento a semanas, contudo, vimos ele bater recordes históricos em relação ao real. A moeda americana ultrapassou a barreira dos R$ 4,30, chegando a ser negociada a R$ 4,38 na quarta-feira (12).
Questionado sobre o encarecimento do dólar para os brasileiros, o ministro da economia destacou que se trata de algo positivo, pois estimula as exportações e a reindustrialização.
Por outro lado, gera algum incômodo nas pessoas que não poderão mais fazer viagens internacionais e, portanto, sua recomendação foi de que aproveitem para explorar o Brasil.
A mensagem foi recebida por alguns em tom de provocação e gerou certo furor no mercado. De todo modo, guarda algum fundamento. Já dissemos em diversas oportunidades que quando o real perde valor frente às principais moedas, nossos produtos ficam relativamente mais baratos e, portanto, mais competitivos.
Soma-se a essas falas erráticas, os problemas nas investigações que ligam a família Bolsonaro a grupos de milicianos (gerando certa instabilidade no mercado) e, especialmente, os próximos passos de duas importantes reformas: administrativa e tributária.
Em meio a esses acontecimentos, a moeda brasileira segue permanece em trajetória de depreciação. A moeda americana começou a semana cotada a R$ 4,3250 na abertura do pregão de segunda-feira (10) e atingiu R$ 4,3504 na abertura do pregão desta sexta-feira (14), uma variação de 0,59%.
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