A semana foi bastante conturbada para o câmbio, especialmente para o Dólar.
Na segunda (20), a cotação do barril do petróleo WTI caiu a valores negativos, algo nunca antes visto na história.
Imagine o que é comprar um barril de petróleo e o vendedor ainda te pagar porque você comprou, como se você tivesse feito um favor a ele.
Foi mais ou menos isso que aconteceu.
Mas o que realmente influenciou o par Dólar-Real veio mais para o final da semana.
Além de todos os dilemas envolvendo a conjuntura do Covid-19, na quinta-feira (23), o Ministro da Justiça Sérgio Moro deu a entender que sairia do governo.
O motivo para isto foi a ameaça de exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, homem de confiança de Moro.
Na madrugada de sexta-feira, Valeixo foi exonerado e os mercados reagiram à notícia, haja vista que Moro é um dos homens fortes do governo.
Nesse contexto, o dólar começou a semana cotado a R$ 5,2864 na abertura do pregão de segunda-feira (20) e, na abertura do pregão de sexta-feira (24), a moeda estava cotada a R$ 5,5349.
Real sofre forte depreciação, de aproximadamente -4,7%.
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