Aqui no Brasil, para além do cenário político, os destaques da semana foram a Ata do Copom e o IPCA-15. De acordo com o Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic já está em um patamar próximo da instabilidade dos preços.
Em outras palavras, trata-se de um patamar no qual “reduções adicionais na taxa de juros (…) poderiam comprometer o desempenho de alguns mercados e setores”. Complementarmente, a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo variou 0,02% em junho, após ter registrado -0,59% em maio.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 1,92%, puxado especialmente pelos preços de passagens aéreas. O patamar de preços segue bastante baixo em termos históricos no país, em particular, em função da atividade econômica bastante vagarosa.
Sob esse aspecto, é relevante destacar as mudanças no marco regulatório do setor de saneamento que, de acordo com análises iniciais, podem atrair mais de R$ 100 bilhões em investimentos por parte da iniciativa privada nacional e estrangeira.
Por fim, nos EUA, com a definição de Joe Biden como candidato à presidência pelo Partido Democrata, o mercado financeiro respondeu de maneira pouco receptiva. A avaliação de investidores institucionais é de que eventual vitória de Biden pode trazer consigo elevação de impostos sobre empresas, além de ações antitruste mais rígidas.
Nesse sentido, a moeda estadunidense começou a semana cotada a R$ 5,2904 na abertura do pregão de segunda-feira (22). O patamar, vale destacar, foi aproximadamente 3,10% maior em comparação com a abertura da semana anterior.
Já na abertura do pregão de sexta-feira (26), o Dólar estava cotado a R$ 5,3476. Tal movimento na semana representa uma depreciação de aproximadamente 1,08% do Real.
Voltar para De Olho no Câmbio #77