A cada semana que passa a volatilidade no câmbio fica mais evidente – e a tendência é que esse movimento se intensifique. As eleições, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, são importantes catalisadores.
Nos EUA, após a internação do presidente Donald Trump por COVID-19 e sua liberação após melhora do quadro clínico, a troca de farpas segue firme entre Trump e o candidato democrata, Joe Biden.
Ponto alto nesta semana, que trouxe um “debate que não foi debate” na quinta-feira (15), foi a limitação por parte das redes sociais Facebook e Twitter de compartilhamento de material que, supostamente, apresentava negociações entre o filho de Biden e uma empresa ucraniana de energia.
A ação trouxe grande indignação para os republicanos que, por sua vez, acusaram as redes sociais de praticar censura. A temática das fake news, das redes sociais e a acalorada disputa entre Biden e Trump tende a escalar nas próximas semanas.
Aqui no Brasil, após a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que acabou “com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no governo”, o ex-vice líder do governo no Senado Federal, Chico Rodrigues, foi flagrado com dinheiro escondido em suas partes íntimas.
O que há de cômico e irônico nesse caso é proporcional ao reflexo sobre o posicionamento de investidores. O caso já se encontra na esfera do judiciário e tende a ser central nos próximos dias. Por fim, não podemos perder de vista toda a preocupação fiscal que segue no radar, tanto no Brasil quanto nos EUA.
Em meio a estes problemas, a moeda americana abriu a terça-feira (13), cotada a R$ 5,5263, patamar 2,19% menor em comparação com a abertura da semana anterior.
Por outro lado, nesta sexta-feira (16), a moeda americana retomou o patamar da semana anterior e abriu o pregão de sexta cotada a R$ 5,6054. Com isso, vimos uma depreciação do Real de 1,43% ao longo desta semana.
Confira o De Olho no Câmbio #93, a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.