O SWAP Cambial é utilizado para se referir à troca de moedas estrangeiras. O termo, traduzido livremente para o português, significa permuta ou simplesmente “troca”. O Brasil é um país que tem uma realidade econômica muito complexa. Nesse sentido, a alta do dólar representa uma preocupação para o Banco Central, já que ela impacta diretamente na inflação.
O SWAP Cambial acaba entrando nesse contexto como um componente do endividamento da dívida pública. Com a alta da moeda, os insumos e produtos importados para o nosso país ficam mais caros e esse aumento nos valores costuma ser transferido para o preço final, impactando na economia e na inflação.
Nesse artigo, você entenderá tudo sobre o que é a operação de SWAP, além de entender como o Banco Central usa os SWAPs Cambiais para interferir no mercado e os principais conceitos envolvendo o assunto. Acompanhe!
O que é uma operação SWAP?
Um SWAP trata-se de um tipo de derivativo, representando um acordo entre duas partes. Quer dizer que SWAP representa esse acordo que pode ser entre empresas, investidores e outras partes.
Os SWAPs Cambiais são contratos de troca de indexadores. O que isso significa? Basicamente que eles são uma forma de gerenciar as taxas de reajuste pelas partes envolvidas.
Vamos imaginar um exemplo: a empresa A tem uma dívida de dez mil dólares e deseja se proteger da desvalorização do câmbio. Uma solução possível é a formalização de outro contrato, com uma empresa B, que também está em situação de endividamento.
O acordo entre as empresas A e B é realizado em moeda local, o que garante que as taxas de juros não aumentem.
Por que o SWAP Cambial é utilizado?
Especificamente no caso do SWAP Cambial, a empresa deseja fazer um hedge cambial. Ou seja, se proteger da desvalorização da moeda local, enquanto o Banco Central tenta manter a taxa de câmbio estável.
Nesses acordos, o Banco Central assume a responsabilidade de pagar a variação cambial daquele período, enquanto a empresa deve arcar com uma taxa de juros previamente estabelecida, somada às variações do período. Esse mecanismo é amplamente utilizado por diferentes empresas, instituições financeiras e bancárias.
Quais são os tipos de SWAP
Existem quatro tipos de divisão de operação SWAP: SWAP cambial, de índices, taxas de juros e commodities. Entenda cada um deles:
SWAP cambial
O SWAP cambial é um dos mais frequentemente utilizados no mercado financeiro, referindo-se basicamente à troca de taxa de variação cambial.
Nessa operação, considera-se a instabilidade de determinada moeda e a taxa de juros é definida antecipadamente para evitar prejuízos.
SWAP de índices
Assim como no SWAP cambial, a de índices é semelhante. Essa operação é feita entre indexadores como INPC, IPC e IGP-M, relacionadas a ações na Bolsa de Valores.
SWAP de taxa de juros
Nesse tipo de SWAP, o contrato representa a troca de indexadores que estão associados aos ativos e passivos em que uma das variáveis é a taxa de juros.
SWAP de commodities
Esse tipo de contrato é feito por instituições no qual ocorrerá troca de fluxos associados à variação nas cotações de commodities.
Como funciona a operação de SWAP?
A operação de SWAP funciona como uma garantia para evitar variação de preços sobre juros e oscilação cambial, normalmente tendo como base a alta do dólar. Com essa operação, empresas e investidores possuem maior estabilidade financeira para evitar prejuízos com a variação de mercado.
Por conta disso, é um tipo de recurso bastante usado por empresas que dependem do preço de outras moedas ou de commodities internacionais. Empresas que realizam importação ou exportação de produtos, por exemplo, costumam realizar esse tipo de contrato.
No contrato de SWAP, as partes negociam a variação das mercadorias e dos ativos financeiros. Não há troca do valor principal, mas da variação dos indexadores.
Ou seja, no fim do contrato cada parte paga a outra a variação de ativos. Esse tipo de contrato é bastante utilizado pelo Banco Central, que se beneficia da operação para buscar equilíbrio entre oferta e demanda por moeda.
O que é e como funciona o contrato SWAP?
Os contratos SWAP são os documentos que registram o acordo entre as duas partes da operação. Como existem diferentes tipos de SWAP, os contratos possuem variações de acordo com o processo.
Nesse documento, normalmente constam informações como o fluxo de caixa baseado em valor de referência, prazos, critérios e condições do acordo. De acordo com os parâmetros e regras pré-estabelecidas, o contrato SWAP pode ou não valorizar.
O que é liquidez Swap?
Numa operação de swap, a variação do dólar é trocada pela variação de uma taxa, como a SELIC. Dessa forma, uma instituição financeira assume os riscos cambiais e a empresa passa a se preocupar apenas com o crescimento dos juros para impedir que não tenha liquidez para pagar as despesas.
A empresa também pode trocar um rendimento com liquidez por outro indicador que seja rentável, como o CDI. com liquidez diária por uma taxa de juros ou índice de dólar em que a liquidez acontece apenas na data do vencimento.
Como o SWAP é utilizado pelo BC e quais seus impactos?
É muito comum nos depararmos com situações nas quais o Banco Central está diretamente envolvido com operações de SWAP Cambial.
Isso acontece porque o BC é uma instituição financeira que usa a ferramenta com o propósito de que o dólar caia em relação ao real, gerando certo nível de controle na volatilidade do câmbio, ou, ainda, para fazer projeções futuras no mercado.
O que você precisa saber, no seu dia a dia, é que o SWAP pode influenciar no valor do dólar, tanto positiva quanto negativamente.
Desta forma, conhecer o mercado e entender de que forma ele se comporta é essencial para garantir a segurança e a melhora no desempenho das suas operações financeiras.
As diferença entre SWAP e Hedge
O Hedge trata-se de uma operação financeira feita para proteger investimentos e negócios, ajudando a reduzir o risco de perda de capital financeiro que possam ocorrer por conta da oscilação do preço do dólar.
É bastante utilizada em casos de importação e exportação, investimento no exterior ou negociações na Bolsa de Valores.
Uma operação Hedge pode ser feita através do SWAP cambial, nos contratos futuros em dólar e fluxo de caixa em moeda internacional.
No SWAP, existe o acordo entre as duas partes. Geralmente, empresas fazem acordo com bancos, no qual o banco assume o risco de alta do dólar. A empresa faz o pagamento de uma taxa para que o banco assuma o risco.
O SWAP, diferente do Hedge, trata-se dessa operação que garante que outra parte assumirá o risco da variação cambial ou taxas de juros.
No vídeo abaixo, apresentamos alguns exemplos das diferenças entre SWAP e Hedge:
Conclusão sobre Operação SWAP
Uma operação SWAP ou SWAP Cambial é a troca de riscos entre duas partes, normalmente empresas. Ou seja, trata-se de um acordo entre duas empresas que trocam o risco de uma posição ativa — como credora — ou passiva — como devedora — em uma data futura e de acordo com critérios preestabelecidos entre as partes envolvidas.
É uma prática comum em situações que envolvem taxa de juros, moedas internacionais e as tendências de oscilação de câmbio. Como vimos, essa operação serve, basicamente, para proteger as partes envolvidas da oscilação da moeda/câmbio e do aumento da taxa de juros.
Você gostou deste artigo sobre o que é uma operação SWAP? Então, que tal aprofundar o seu conhecimento sobre a moeda americana?
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