A mudança de postura do governo brasileiro com relação ao combate ao coronavírus gerou estranhamento, mas veio em hora mais do que necessária. Moedas emergentes sofreram ao longo da semana, enquanto o dólar se fortaleceu, especialmente pela fala do presidente do FED e as ações de política econômica no país.
A Europa enfrenta o desafio de escoar a produção por conta do “congestionamento” de navios no Canal de Suez e o Reino Unido começa a apresentar certo otimismo face ao avanço da vacinação em massa.
Acompanhe a seguir os desdobramentos desses e outros acontecimentos sobre as principais moedas globais.
Perspectivas
Devemos observar que, nesta semana, o dólar ganhou força frente às principais moedas. Por outro lado, o Real depreciou com mais força. Boa parte desta depreciação veio do evento na Turquia que, de certa forma, impactou todas as moedas emergentes.
Em termos de agenda e calendário, a próxima semana com destaque para o PIB do quarto trimestre do Reino Unido e a taxa de desemprego referente ao mês de fevereiro nos EUA. Por outro lado, teremos mais uma semana com agenda mais carregada de dados brasileiros.
Na próxima semana conheceremos os resultados da política monetária, particularmente de saldos de empréstimos e spread bancário, saberemos a variação do IGP-M e do IPP de março, e saberemos os resultados das contas públicas do governo consolidado, a taxa de desemprego medida pela Pnad, além do desempenho da indústria brasileira.
De modo geral, seguimos atentos aos movimentos políticos no Brasil e EUA. Em função destas expectativas, o Real deve seguir sua trajetória de depreciação.
Seguimos de olho.