Esta semana, apesar de mais curta por conta do feriado nos EUA, trouxe uma novidade muito relevante do ponto de vista geopolítico e econômico.
Após anos de deterioração nas relações entre Estados Unidos e China pelo governo Trump, representantes de Washington e Pequim se reuniram por videoconferência na quarta-feira (2) para explorar oportunidades de cooperação.
E, de modo complementar, a aproximação com a China tem um aspecto estratégico muito significativo, afinal, o gigante asiático lidera a corrida pela inovação no mundo.
Sob esse prisma, o governo Biden propôs no final da semana passada um orçamento de US$ 6 trilhões para “reinventar” a economia americana em 2022.
O valor, caso aprovado, deve jogar mais lenha na fogueira da expectativa inflacionária nos EUA e, objetivamente, elevará a dívida estadunidense para um patamar jamais visto na história.
E não podemos deixar de registrar o impacto da notícia sobre o PIB brasileiro, que foi divulgada na terça-feira (1/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o instituto, a economia brasileira cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021 em comparação com o último trimestre de 2020. O dado, apesar de positivo, ainda é muito pouco para repor todas as perdas registradas na economia desde 2016 e, em especial, com a pandemia, especialmente pelo elevado e persistente número de desempregados no país.
Com este pano de fundo, a moeda estadunidense abriu a segunda-feira (31/5), cotada a R$ 5,2228. Já nesta sexta-feira (4/6), a moeda abriu o pregão cotada a R$ 5,1135. Com isso, vimos uma apreciação do Real de aproximadamente 2,09% ao longo desta semana, acelerando a tendência de apreciação do Real em função das expectativas com o dólar e a economia estadunidense.
Confira o De Olho no Câmbio #124, a relação Real vs Libra Esterlina e do Real vs Euro.