Visão Geral
O dólar comercial fechou a quarta-feira (04) com variação de -0,79%, valendo R$4,92038, após ter começado o dia cotado a R$4,9594. O Euro fechou o pregão com variação de +0,08%, a R$5,2276, após ter iniciado o dia em R$5,2233.
A moeda americana iniciou esta quinta-feira (05) cotada a R$4,9154, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,2217.
Agenda de hoje
Exterior
03h00 – Alemanha – Encomendas à indústria (mar)
03h45 – França – Produção industrial (mar)
05h30 – Reino Unido – Índice PMI composto (abr)
08h00 – Reino Unido – Decisão de política monetária
09h30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego semanal
19h00 – Chile – Decisão de política monetária
Brasil
12h00 – Fluxo Cambial Estrangeiro (semanal)
15h00 – Balança comercial (abr)
Perspectiva para o dia
Real x Dólar
Após a decisão do Fed, do Copom e dois dias seguidos de valorização do Real frente ao Dólar, a moeda brasileira tem um dia de intensa desvalorização. Já nas primeiras horas do pregão desta quinta-feira (8), o Dólar passou a ser cotado 1,49% a mais do que a cotação de abertura.
Ambas as decisões eram esperadas e estavam precificadas em grande medida. Boa parte do movimento desta quinta-feira está pautado no alinhamento das expectativas com novas altas de juros ainda este ano, mas também com a forte queda do PMI composto da China em abril.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da China recuou para 37,2 pontos em abril, após ter registrado 43,9 pontos em março. Esta é a segunda queda mais acentuada na série histórica, superada apenas pela observada em fevereiro de 2020.
O dado foi puxado por queda tanto na indústria quanto no setor de serviços, evidenciando ao mercado os impactos da pior onda de covid-19 que a segunda maior economia do mundo vem enfrentando.
Em função destes dados, o real deve fechar o dia desvalorizado.
Real x Euro
Na Europa, o euro se enfraqueceu nesta manhã, diante da avaliação de investidores de que o Banco Central Europeu (BCE) está muito atrasado no ajuste da política monetária em relação ao Federal Reserve (Fed) dos EUA.
Na visão do mercado, os juros na Zona do Euro já deveriam estar subindo, contudo, as últimas percepções divulgadas pelos responsáveis pela política monetária transmitem uma visão de que esse é um movimento temporário da inflação e da atividade econômica majoritariamente pautado pelo choque de oferta causado pela guerra.
O Banco da Inglaterra (BoE) acompanhou o Fed e decidiu aumentar os juros, mas em menor magnitude (0,25 p.p.). Para o presidente do BoE, a autoridade monetária deverá atravessar um caminho estreito para tentar controlar a inflação no Reino Unido em meio à perspectiva de desaceleração econômica aguda.
O movimento na Inglaterra afeta as expectativas de analistas e investidores com a Zona do Euro. O desempenho da China também joga mais lenha nessa fogueira.
Assim, acompanhando a relação com o dólar, o dia deve ser de mais uma leve desvalorização do Real frente ao Euro.
Seguimos de olho.