Começamos a semana com o dólar cotado a R$5,0784 na segunda-feira (9/mai), 2,12% acima da abertura da semana anterior. A cotação da moeda registrou trajetória de alta ao longo desta semana e o Dólar abriu o pregão desta sexta-feira (13/mai) cotado a R$5,1493, portanto, uma depreciação do Real de aproximadamente 1,4%.
Um dos pontos altos da semana foi a divulgação oficial dos dados de inflação no Brasil. Com a variação do mês de abril, o nível de preços brasileiros superou os 12% em 12 meses pela primeira vez desde outubro de 2003. Já são 12,13%, o que passou a comprometer a meta de inflação de 2023, como já havíamos comentado em mais de uma oportunidade.
Já nos EUA, a inflação veio baixa em abril, mas ainda assim acima das expectativas de mercado. Segundo o Bureau of Labor Statistics (BLS), a variação mensal foi de 0,3% contra estimativa de 0,2%. Com este resultado, a inflação anual cedeu de 8,5% para 8,3%.
Como temos apontado de maneira recorrente em nossas análises, o grande problema com a inflação dos Estados Unidos é que parte relevante desta desaceleração dos preços está condicionado à produtos mais voláteis, como alimentos e energia. O núcleo da inflação, que desconsidera os preços desses produtos, aumentou 0,6% no mês.
O resultado é superior à alta de 0,3% registrada um mês antes e, ao que tudo indica, evidencia que a alta generalizada já penetrou outros segmentos. O grande receio expresso por autoridades monetárias ao redor do mundo é que essa penetração gere um surto inflacionário para o qual o mundo não está preparado.
Confira no De Olho no Câmbio #173 a relação Real vs Euro e do Real vs Libra Esterlina.
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