Visão Geral
O dólar comercial fechou a quarta-feira (06) com variação de +0,6%, valendo R$5,4304, após ter começado o dia cotado a R$5,3981. O Euro fechou o pregão com variação de -0,2%, a R$5,5304, após ter iniciado o dia em R$5,5427.
A moeda americana iniciou esta quinta-feira (07) cotada a R$5,4186, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,5184.
Agenda de hoje
Exterior
03h00 – Alemanha – Produção industrial (mai)
08h00 – México – Índice de preços ao consumidor (jun)
09h15 – EUA – Geração de vagas de trabalho – pesquisa ADP (jun)
09h30 – EUA – Balança Comercial (mai)
09h30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego (semanal)
12h00 – EUA – Estoques de petróleo bruto (semanal)
20h00 – Peru – Decisão de política monetária
Brasil
08h00 – IGP-DI (jun)
09h00 – Levantamento da safra de grãos (jul)
09h00 – Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (jun)
Perspectiva para o dia
Real x Dólar
O dia começou super movimentado com o mercado digerindo as informações obtidas através da ata da última reunião do FOMC, o comitê de política monetária do banco central norte-americano.
Na ata, os membros do FED indicam que devem continuar a promover ajustes mais robustos na taxa de juros na próxima reunião (+0,75%), já que a inflação é mais persistente e mais aguda do que fora previsto anteriormente.
A única dúvida neste momento é: se um pouso abrupto da economia produziria uma queda de preços importante a ponto de mudar a postura do FED.
No Brasil, a PEC nº 1, apelidada carinhosamente de PEC Kamikaze, segue em tramitação acelerada na Câmara dos Deputados depois que os parlamentares encontraram mecanismos para impedir que a oposição atrasasse a evolução da matéria.
A contabilidade criativa na reta final deste mandato deve produzir desancoragem das expectativas e exigir do banco central brasileiro uma política monetária restritiva por tempo mais distendido do que havia sido imaginado anteriormente.
A tendência do dia é de desvalorização da moeda nacional.
Real x Euro
Na Europa, o dia também começou quente e a culpa nem é do verão que se aproxima do hemisfério norte. Boris Johnson, o controverso primeiro-ministro do Reino Unido, decidiu jogar a toalha depois de mais um escândalo do seu governo vir à tona.
Na Alemanha, a produção industrial de maio mostrou que ímpeto de produção vai se esvaindo à medida em que se aproxima a mudança de postura do Banco Central Europeu em relação à taxa de juros no continente.
Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, a crise vai se materializando conforme vão saindo os indicadores de alta frequência. Segundo o escritório de estatísticas do trabalho (BLS, na sigla em inglês), os novos pedidos de seguro-desemprego vieram no patamar mais elevado desde fevereiro deste ano, 235 mil.
Uma crise nos Estados Unidos pode mudar a dinâmica esperada da política monetária da Zona do Euro, que sentirá menor pressão nos índices de preços ao consumidor e, consequentemente, menor necessidade de aumentos fortes na taxa de juros.
A tendência do dia é de desvalorização do real.
Seguimos de olho.