O cenário que nos aguarda é bastante desafiador. Nos EUA, o PMI composto caiu para abaixo dos 50 pontos – o que pode indicar recessão. A inflação não parece ceder ao redor do mundo. O Banco Central Europeu deu sua primeira cartada para combater a alta de preços após muito tempo de espera. O clima no hemisfério norte não está contribuindo e o calor extremo deve complicar ainda mais as safras do período, jogando os preços ainda mais para cima. O ambiente político também está conturbado, desta vez com a saída do primeiro-ministro Mario Draghi. Acompanhe a seguir os desdobramentos desses e outros acontecimentos sobre as principais moedas globais.
Perspectivas
Recessão é a palavra que não sai da boca dos analistas nas últimas semanas. Há algumas semanas, por exemplo, o Federal Reserve, banco central dos EUA, divulgou o livro-bege, documento que apresenta a visão do cenário do país a partir das estimativas da autoridade monetária.
Entre os problemas apontados pelo “Livro Bege” do Fed, as regiões analisadas apresentaram interrupções na cadeia de suprimentos e escassez de mão de obra. Com o PMI em queda, a alta de juros no radar e os crescentes números de pedidos de seguro desemprego, o cenário é problemático.
Na Europa o cenário é bastante similar e o movimento tardio do Banco Central Europeu jogou ainda mais lenha na fogueira. Assim, a próxima semana, que está carregada de indicadores econômicos relevantes, deve nos ajudar a entender melhor o que nos espera nesse segundo semestre de 2022.
Conheceremos, na próxima semana:
- PIB preliminar dos EUA referente ao 2º trimestre
- Decisão da taxa de juros dos Fed Funds
- PIB preliminar da Zona do Euro referente ao 2º trimestre
- Dados de inflação medido pelo IPCA-15 no Brasil referente ao mês de julho
Além desses anúncios, a agenda conta com muitos dados antecedentes de atividade. O cenário está dado para maior depreciação do Real nas próximas semanas.
Seguimos de olho.