O euro abriu o pregão de segunda-feira (12/dez) cotado a R$5,528. Na abertura desta sexta-feira (16/dez), a cotação foi de R$5,6420. Portanto, houve uma desvalorização de 2,1% do Real frente à moeda europeia, em sequência ao movimento de estabilidade visto na semana anterior.
Com relação ao dólar, a moeda europeia ganhou força, mantendo a trajetória da semana anterior. A cotação do euro na moeda estadunidense passou de US$1,0533 na segunda (12) para US$1,0630, nesta sexta (16), portanto, uma apreciação do Euro de aproximadamente 0,9% (leia-se: é preciso um pouco mais de dólares para comprar um euro).
Foi só a inflação emitir algum sinal de acomodação na Europa que os bancos centrais da Zona do Euro e do Reino Unido se apressem para moderar o ritmo de aumento dos juros.
Esse movimento era esperado porque, apesar da inflação na Zona do Euro estar acima da inflação norte-americana, o núcleo da inflação, que expurga da conta o comportamento de itens mais voláteis, como alimentos e combustíveis, na Europa está mais baixo que na América do Norte.
Isso significa que, em teoria, o esforço do Banco Central Europeu (BCE) para combater a inflação em curso seria menor que o esforço empreendido pelo Fed.
Além disso, o Reino Unido experimentou recentemente um episódio agudo de descontrole do mercado de capitais e de câmbio. É evidente que aquela situação estava conectada às aventuras fiscais da ex-primeira-ministra, Liz Truss, no entanto, o evento também coincidiu com o início do ciclo de aperto monetário no país.
Em síntese, a Europa sabe o quão custoso pode ser uma taxa de juros mais alta depois que o mercado se acostumou com taxa de juros zero e diante disso deve se apressar para interromper o ciclo de ajustes nos juros.
Confira no De Olho no Câmbio #203 a relação Real vs Dólar e do Real vs Libra Esterlina.
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