O euro abriu o pregão de segunda-feira (27/fev) cotado a R$5,4903. Na abertura desta sexta-feira (03/mar), a cotação foi de R$5,5093. Portanto, houve uma desvalorização de 0,3% do Real frente à moeda europeia, revertendo, portanto, o movimento de valorização visto na última semana.
Com relação ao dólar, a moeda europeia ganhou força esta semana, revertendo, embora de forma muito tímida, a trajetória das três semanas anteriores. A cotação do euro na moeda estadunidense passou de US$1,0540 na segunda (27) para US$1,0597, nesta sexta (03). Portanto, vimos uma valorização do Euro de aproximadamente 0,5% (leia-se: é preciso mais dólares para comprar um euro).
Na Europa, a situação inflacionária é a mesma vista nos Estados Unidos. Os desafios são grandes e o risco de uma nova escalada dos preços está vivo no imaginário da população e do próprio Banco Central Europeu. Na verdade, esse risco de aceleração dos preços já está se materializando de alguma forma.
O começo da semana foi marcado pela divulgação preliminar da inflação nas maiores economias do bloco econômico europeu. França, Espanha e Itália reportaram aumentos de preços agudos em fevereiro, na sequência, dados prévios da Zona do Euro mostraram um aumento disseminado dos preços no mês passado.
Bem, apesar do aumento dos preços na margem, a inflação anual acabou cedendo 0,1% entre os dois primeiros meses do ano. Se a inflação anual caiu em fevereiro, quais são os riscos então? O problema chama-se núcleo da inflação.
Quando retiramos da conta os efeitos deflacionários provocados pelos alimentos e pelos combustíveis, a inflação está em franco movimento de aceleração. Isso significa dizer que a inflação europeia, antes muito concentrada em produtos mais voláteis como os combustíveis, agora está se espalhando para outros bens e serviços consumidos por lá. O pior cenário possível.
Com o risco de uma nova escalada dos preços na Europa, o BCE pode ter que estender o ciclo de aumento de juros para tentar reverter esse problema. Apesar disso, no curto prazo, como reflexo da diminuição dos juros reais, devemos ver uma nova rodada de perda de poder aquisitivo do Euro e da Libra, por exemplo.
Confira no De Olho no Câmbio #214 a relação Real vs Dólar e do Real vs Libra Esterlina.
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