A "super quarta" é o termo utilizado quando o Banco Central do Brasil (Bacen) e o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos divulgam simultaneamente as taxas de juros de seus respectivos países em uma quarta-feira.
Esse evento ocorre quando as reuniões de política monetária de ambos os países coincidem, destacando-se pela importância de suas decisões para a economia global.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve anunciar a manutenção da taxa Selic em 10,50%, similar à decisão de junho de 2024.
Essa manutenção é esperada pelo mercado, refletindo a postura conservadora do Copom diante de um cenário econômico marcado por volatilidade cambial e expectativas inflacionárias instáveis.
A decisão de manter a taxa ocorre após um ciclo de redução dos juros iniciado em março de 2021, quando a Selic subiu de 2% para 13,75%.
A próxima super quarta está marcada para o dia 18 de setembro de 2024. Durante o ano de 2024, haverá quatro super quartas nas seguintes datas: 31 de janeiro, 20 de março, 31 de julho, e 18 de setembro.
Essas datas são aguardadas por investidores e analistas econômicos devido ao impacto significativo das decisões de política monetária anunciadas.
As próximas reuniões de política monetária do Fed estão programadas para os dias 17 e 18 de setembro, 6 e 7 de novembro, e 17 e 18 de dezembro de 2024.
Nessas datas, o Fomc avaliará as condições econômicas e tomará decisões sobre a taxa básica de juros, impactando a economia global e o mercado financeiro.
A manutenção da taxa de juros nos EUA, entre 5,25% e 5,50%, preocupa o mercado devido à atividade econômica elevada e inflação persistente. Essas decisões afetam globalmente, incluindo a economia brasileira, com flutuações cambiais e no mercado de ações.
Apesar da postura conservadora do Fed, há expectativas de um possível início de cortes de juros em setembro, visando controlar a inflação.
O Federal Reserve deve manter uma postura conservadora até que os sinais de desaceleração da inflação e da atividade econômica sejam claros. Apesar de alguns indícios de desinflação, a inflação e a economia dos EUA ainda estão acima do desejado.
O Fed também enfrenta desafios no sistema financeiro local, evidenciados pelas falências bancárias recentes, o que complica a decisão de continuar aumentando os juros.
O Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa de juros inalterada em 4,25% ao ano, apesar da inflação persistente na Zona do Euro e dos riscos econômicos associados à guerra. A região enfrenta estagflação, com inflação alta e atividade econômica fraca, o que pode levar a cortes de juros futuros.
A situação econômica difícil, especialmente na Alemanha, destaca os desafios enfrentados pelo BCE.
Nos EUA, o Fed pode iniciar cortes de juros em setembro de 2024, enquanto na Europa, o BCE luta contra a inflação alta e a estagnação econômica.
Na China, o Banco Popular da China busca estimular a economia com cortes de juros, apesar dos problemas no mercado imobiliário. Esses movimentos são essenciais para entender as direções futuras da economia global.
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