Dólar hoje (11/02): Trump segue rota protecionista e impõe tarifas de importação sobre aço e alumínio

O dólar hoje abriu esta terça-feira (11) em R$5,7874, após ter atingido a mínima de R$5,7638 durante a última segunda-feira (10). O dólar fechou o dia (10) em baixa, marcando R$5,7874. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou na noite desta segunda-feira (10/02) a imposição de tarifas sobre as importações de aço e alumínio, reforçando sua agenda protecionista. A medida estabelece uma tarifa de 25% sobre esses produtos e revoga isenções e cotas sem impostos para grandes fornecedores, incluindo Canadá, México e Brasil.
Dólar Hoje: Confira a cotação do dólar comercial e turismo em tempo real
O Brasil, que ocupa a nona posição no ranking global de produção de aço bruto — atrás de China, Índia, Japão, EUA, Rússia, Coreia do Sul, Alemanha e Turquia —, tem nos Estados Unidos seu principal mercado. Diante da ameaça de novas barreiras comerciais, o governo brasileiro avalia possíveis respostas, mas adota cautela e prioriza o diálogo. Fontes oficiais indicam que retaliações só serão consideradas caso as negociações fracassem.
Dólar hoje
O dólar hoje deve iniciar o pregão em alta. Ampliações das tarifas e aumento dos riscos geopolíticos devem trazer volatilidade ao mercado.
Dólar Comercial
- Compra: R$5,7850
- Venda: R$5,7880
Dólar turismo
- Compra: R$5,836
- Venda: R$6,016
Atualização: 11 de fevereiro às 09h00
O dólar comercial e o dólar turismo são dois tipos diferentes de cotações do dólar, com valores ligeiramente diferentes devido a taxas adicionais.
Desempenho da Bolsa Brasileira
O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (10) com alta de 0,76%, fechando o dia aos 125.571 pontos. O mercado foi impulsionado pelas commodities nesta segunda-feira, com investidores estrangeiros demonstrando forte apetite por ativos brasileiros. No campo das tarifas, Donald Trump oficializou no final do dia a taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, medida que pode impactar empresas listadas na bolsa brasileira como Gerdau, CSN e Usiminas.
Apesar da alta no Ibovespa, o sentimento de cautela se intensificou após declarações do Hamas, acusando Israel de não cumprir os termos do acordo. Negociadores do grupo também alegam que as garantias dos EUA para um cessar-fogo foram revogadas devido a um plano do presidente Donald Trump que envolveria a realocação de palestinos da Faixa de Gaza.
Expectativas para março
O câmbio brasileiro segue relativamente estável, amparado pela robusta arrecadação de dezembro, que resultou em um déficit primário de apenas 0,09% do PIB, dentro da meta fiscal. No entanto, a tranquilidade é apenas aparente: o mercado continua pressionando o governo por cortes de gastos mais incisivos, enquanto a alta dos juros deve começar a afetar a atividade econômica a partir do segundo semestre.
No cenário externo, a postura volátil da Casa Branca, alternando entre ameaças e recuos, mantém um clima de incerteza nos mercados. Ainda assim, a tensão é menor do que se temia. Caso Trump amplie e concretize novas medidas protecionistas, as bolsas podem sofrer novas quedas, enquanto o dólar tende a se fortalecer no cenário global, colocando pressão adicional sobre o real.