A inflação nem se foi e já voltou

Visão Geral

O dólar comercial fechou a segunda-feira (27) com variação de +1,1% valendo R$5,3914, após ter começado o dia cotado a R$5,3354. O Euro fechou o pregão com variação de +0,7%, a R$6,3042, após ter iniciado o dia em R$6,2582.

A moeda americana iniciou esta terça-feira (28) cotada a R$5,3948 e o Euro abriu o dia cotado a R$6,3064.

Agenda de hoje

Exterior

11:00 – EUA – Confiança do consumidor Conference Board (ser)

Brasil

08:00 – Sondagem da indústria FGV  (ser)

08:00 – Divulgação da ata do Copom

14:30 – Resultado primário do Governo Central Tesouro Nacional (ago)

  • Caged Geração de empregos formais (ago)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar: depois de ter começado a segunda-feira com otimismo, o mercado parece ter virado do avesso no decorrer do dia. Esse movimento pode ser explicado de diversas formas.

Entre as quais destaco: o medo da inflação voltou a rondar os países desenvolvidos como a Inglaterra e os Estados Unidos, por exemplo. Parte deste problema nos países centrais acabam produzindo efeitos sobre economias menores como a brasileira. Isso porque uma taxa de inflação mais elevada e persistente deve antecipar o aumento da taxa de juros e a retirada de demais estímulos monetários realizados pelos bancos centrais.

O preço do barril de petróleo Brent cruzou a linha dos US$80,00 nesta terça-feira, o que deve continuar produzindo efeitos altistas sobre a inflação global, sobretudo a brasileira, cujo preço do barril em reais encontra-se na máxima histórica.

O mercado abre sem direção neste segundo dia da semana. De um lado, pesa a possibilidade de correção depois de forte desvalorização do real na segunda-feira, e de outro, pesa mais desvalorização diante da renovação da possibilidade de encurtamento das políticas monetárias expansionistas por parte dos bancos centrais dos Estados Unidos, Inglaterra e Zona do Euro.

Real x Euro: na Europa, a quinta maior economia do mundo, Reino Unido, está em meio a um grave problema de abastecimento local.

Parte do estrangulamento da cadeia de suprimentos já estava prevista quando da discussão dos termos de divórcio entre a economia britânica e a União Europeia, mas estes problemas foram intensificados a partir dos desdobramentos da pandemia.

A falta de motoristas de caminhão na ilha fez com que faltasse combustível em 90% dos postos na Inglaterra.

Com o aumento dos preços do barril de petróleo, causado ainda pelos impactos deixados pelo furacão Ida e pela consequente diminuição dos estoques norte-americanos, a expectativa é que a condição de abastecimento se deteriore ainda mais no Reino Unido.

O mercado abre sem direção, à espera da fala do Jerome Powell ao Congresso norte-americano e dos desdobramentos do caso envolvendo a insolvência da Evergrande.

Seguimos de olho.

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