Alerta de alta nas moedas. Crise no Brasil?

Nos últimos dois meses, os dias têm começado assim: o real (BRL) acorda perdendo entre 0,5% e 1,0% em relação a todas as moedas do mundo. Desde 1º de abril de 2018 o real perdeu 16% contra o dólar (USD).

A greve dos caminhoneiros mostrou o fraco poder de reação do governo Michel Temer. Ontem, o dólar (USD) atingiu o maior patamar desde março de 2016, chegando a R$ 3,83. Nos bastidores, o rumor é de uma provável saída de Ilan Goldfajn da presidência do Banco Central. Caso isso realmente aconteça, será uma catástrofe para o país.

Apesar do movimento global de desvalorização das moedas de países emergentes (ou exportadores de commodities como o Brasil) contra o dólar, o real perdeu muito mais que as outras.

Gosto de observar a paridade do dólar australiano (AUD) contra o real (BRL) para entender quando o real está se desvalorizando por fatores internos – veja o gráfico abaixo que os movimentos de valorização ou desvalorização contra o AUD coincide com os episódios de stress causados pelos fatores internos.

A pergunta que todos fazem é: como ficará o preço do real (BRL) contra as demais moedas? Será que o movimento de desvalorização continuará?

No curto prazo, a trajetória de desvalorização só mudará se o Banco Central começar a agir de maneira mais enérgica, realizando intervenções mais agressivas no mercado de dólar (USD), e/ou iniciar uma subida de juros.

No médio prazo, podemos tentar chegar à uma conclusão ao responder a seguinte pergunta: Você acredita que o próximo governo tomará alguma medida de impacto para organizar as contas públicas?


Somos brasileiros… a esperança é a última que morre.

Abraços,
Fernando Pavani

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