Aluguel de ações: entenda como funciona e quanto rende

No universo dos investimentos, muitos caminhos se abrem para aqueles que desejam ampliar seus horizontes financeiros e explorar novas oportunidades. Entre as estratégias que têm conquistado espaço no mercado financeiro, o aluguel de ações desponta como uma opção interessante e lucrativa.

Se você está em busca de maneiras de fazer seu dinheiro trabalhar para você, continue a leitura para entender como funciona o aluguel de ações, quais são os riscos e vantagens e demais detalhes sobre essa técnica. Acompanhe!

*A Remessa Online não faz recomendações de investimentos. Este é apenas um texto informativo.

O que é aluguel de ações?

O aluguel de ações é uma operação financeira que permite que um investidor empreste suas ações a outro, geralmente por um período determinado, em troca da cobrança fixa de uma taxa de aluguel. Essa prática tem o objetivo de permitir que as duas partes lucrem.

Quais são as partes envolvidas no aluguel de ações?

As partes envolvidas são o doador e o tomador. O doador é o investidor que tem as ações e decide alugá-las. Ele recebe uma taxa como compensação pelo “empréstimo”. Já o tomador é o investidor que toma emprestadas as ações por um tempo e tem objetivos de curto prazo, devolvendo-as no futuro. 

Os doadores têm foco a longo prazo, que veem no aluguel uma forma de rentabilizar um ativo que estava parado em sua carteira — daí a analogia com o universo imobiliário. Em paralelo, os tomadores apostam em práticas como “vendas a descoberto”, um processo no qual uma pessoa vende ações no mercado sem de fato tê-las em sua carteira.

Como funciona o aluguel de ações?

O aluguel de ações funciona com um período definido, variando normalmente de dias a meses, e uma taxa é cobrada pelo doador ao tomador. Durante o período de empréstimo, o doador perde alguns direitos, como votar em assembleias, mas continua recebendo os dividendos. Os contratos podem variar de flexíveis, permitindo o cancelamento a qualquer momento, a rígidos, que exigem cumprimento integral. Todo o processo é intermediado pela B3. 

Quais os custos do tomador no aluguel de ações?

Os custos que um tomador tem ao alugar ações são:

  • taxa de registro da B3 de 0,25% ao ano calculado sobre valor emprestado;
  • emolumentos e Imposto de Renda sobre os investimentos;
  • taxa de corretagem do intermediário;
  • taxa de aluguel paga ao doador.

O doador não tem custo algum para disponibilizar suas ações para aluguel.

Quanto rende o aluguel de uma ação?

Em geral, o aluguel de uma ação rende entre 2% e 5% do valor total do ativo. Alguns casos podem superar o valor da taxa Selic, segundo levantamento do TradeMap. A taxa de aluguel é combinada no momento do contrato, podendo ser definida pela instituição intermediária ou pelo doador, que avaliará a questão da oferta e demanda.

Como colocar minhas ações para alugar?

Para colocar suas ações para alugar é preciso contratar uma corretora ou instituição financeira, que atuará como intermediária no processo. A instituição vai se encarregar de facilitar as negociações com os tomadores e enviar à bolsa as ofertas dos seus papéis.

Quais são as vantagens do aluguel de ações?

Para os doadores, o aluguel de ações é vantajoso por apresentar uma oportunidade de ganhar uma renda adicional ao rentabilizar ativos que estão parados em sua carteira. Os tomadores têm a vantagem de poder lucrar com a queda dos preços e poder fazer manobras estratégicas na bolsa que não seriam possíveis, caso eles não tivessem os ativos em mãos.

Qual o risco de alugar ações?

Os riscos de mercado ao alugar ações estão basicamente mais concentrados no lado do tomador. Ao alugar ativos, esse investidor está apostando na queda do preço das ações. Se o preço subir, ele pode ter perdas significativas, pois terá que comprá-las de volta a preços mais altos para devolver ao doador.

Como cancelar um aluguel de ações?

Para cancelar um aluguel de ações como tomador, é preciso recomprar as ações para devolvê-las ao doador. Como doador, basta solicitar o cancelamento com a instituição intermediária.

Quais ações pagam aluguel?

Ativos que podem ser alugados:

  • ações de empresas abertas e listadas na B3;
  • Units (ativos compostos por mais de um tipo ou classe de valores mobiliários);
  • Cotas de Fundos de Índices (ETFs);
  • BDRs Patrocinados;
  • BDRs Não Patrocinados Nível I;
  • BDRs de ETF;
  • Cotas de Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro);
  • Cotas de Fundos de Investimentos Imobiliários;
  • Cotas de Fundos de Investimentos em Participações.

A B3 é quem estabelece os critérios para aluguel de ações. Os papéis precisam estar creditados na Central Depositária de Ativos da Bolsa e livre de qualquer problema ou ônus.

Quais são as ações mais alugadas?

As ações mais alugadas em 2023 são as da Vale (VALE3), da Petrobras (PETR4) e do Itaú Unibanco (ITUB4), representando 10,03%, 7,02% e 4,58%, respectivamente, de participação de mercado.

Precisa declarar aluguel de ações?

Se você alugou ações e recebeu rendimentos com essa operação, seja como tomador ou doador, precisa declarar esses ganhos para a Receita Federal.

Declaração de aluguel de ações para doadores

  1. Confira se recebeu o informe de rendimentos enviado pela B3;
  2. selecione “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva” no programa de Declaração do Imposto de Renda da Receita Federal e, em seguida, “Novo”;
  3. escolha o código “06 – Rendimentos de aplicações financeiras”;
  4. em “Tipo de Beneficiário”, coloque o nome do titular que recebe o aluguel;
  5. coloque o CNPJ da B3 em CNPJ da Fonte Pagadora;
  6. no campo “Fonte pagadora”, use “B3 S.A. – BRASIL, BOLSA, BALCAO”;
  7. insira o valor líquido conforme o que consta no documento e finalize.

Declaração de aluguel de ações para tomadores

  1. Calcule o lucro total da venda das ações em um mês (valores mensais abaixo de R$ 20 mil são isentos de imposto);
  2. abra o informe de rendimentos;
  3. declare os rendimentos conforme você declara ações de sua carteira, na aba “Bens e serviços” e depois “Participações societárias”.

Como vender ações que estão alugadas?

Para vender as ações alugadas, é preciso entrar em contato com a intermediária e solicitar o cancelamento do acordo de aluguel e a devolução. Em seguida, o doador pode seguir com a venda de seus ativos. No entanto, é preciso observar que existe um prazo para que essa operação se concretize.

Tem como perder dinheiro alugando ações?

Para o doador, os riscos são mais limitados, já que ele conta com respaldo da intermediária e da B3. Para o tomador, existe a chance do preço dos ativos subirem, fazendo com que ele perca dinheiro com aluguel de ações. Isso porque ele precisará recomprar os papéis por um preço muito maior.

Riscos para doadores

  • O tomador não devolver os papéis no final do contrato;
  • o tomador não pagar a taxa de aluguel;
  • o tomador não pagar a taxa de registro da operação.

A B3 se responsabiliza por liquidar os débitos, caso exista um descumprimento dos pagamentos ou entrega. Por conta disso, ela demanda que seja feito um depósito de garantias. Com esse fundo, ela tem recurso para honrar com pagamentos, caso algo aconteça durante o processo de aluguel.

Como saber se minha ação foi alugada?

Você pode saber se sua ação foi alugada por meio do site da B3 ou com a corretora contratada. Pela B3, você pode acessar “Consulta de Ações Alugadas” e pesquisar pelo código das suas ações. Assim, será possível verificar se elas estão alugadas ou disponíveis para alugar.

Como saber se minha ação foi alugada pela corretora?

  1. Entre no portal ou aplicativo da sua corretora ou intermediária;
  2. clique na aba Ações ou investimentos;
  3. procure a opção de rendimentos da sua carteira;
  4. as informações do aluguel devem estar com as demais informações dos ativos.

Esse passo a passo pode variar dependendo da empresa que você contratou para atuar como intermediária no processo de aluguel. Contudo, em geral, as corretoras concentram dados sobre o aluguel na mesma aba ou sessão do site ou aplicativo em que clientes podem consultar seus demais investimentos.

Avalie os prós e contras do aluguel de ações para diversificar seus investimentos

O aluguel de ações é uma estratégia para otimizar o portfólio, gerar renda extra e explorar oportunidades no mercado financeiro. Compreender seu funcionamento é essencial para tomar decisões informadas e alinhar estratégias de investimento aos objetivos de curto, médio e longo prazo. 

É importante considerar os riscos e recompensas, monitorar mudanças no mercado e nas regulamentações fiscais, e adaptar-se a essas mudanças para maximizar os resultados. Com as informações e ferramentas certas, é possível aproveitar o potencial do aluguel de ações para crescimento financeiro e sucesso nos investimentos.

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Resumindo

Como funciona o aluguel de uma ação?

O aluguel de ações funciona com um período definido, variando normalmente de dias a meses, e uma taxa é cobrada pelo doador ao tomador. Durante o período de empréstimo, o doador perde alguns direitos, como votar em assembleias, mas continua recebendo os dividendos. Os contratos podem variar de flexíveis, permitindo o cancelamento a qualquer momento, a rígidos, que exigem cumprimento integral. Todo o processo é intermediado pela B3.

Como colocar minhas ações para alugar?

Para colocar suas ações para alugar é preciso contratar uma corretora ou instituição financeira, que atuará como intermediária no processo. A instituição vai se encarregar de facilitar as negociações com os tomadores e enviar à bolsa as ofertas dos seus papéis.

Quais são as vantagens do aluguel de ações?

Para os doadores, o aluguel de ações é vantajoso por apresentar uma oportunidade de ganhar uma renda adicional ao rentabilizar ativos que estão parados em sua carteira. Os tomadores têm a vantagem de poder lucrar com a queda dos preços e poder fazer manobras estratégicas na bolsa que não seriam possíveis, caso eles não tivessem os ativos em mãos.

Qual o risco de alugar ações?

Os riscos de mercado ao alugar ações estão basicamente mais concentrados no lado do tomador. Ao alugar ativos, esse investidor está apostando na queda do preço das ações. Se o preço subir, ele pode ter perdas significativas, pois terá que comprá-las de volta a preços mais altos para devolver ao doador.

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