Nos últimos anos, a participação da mulher na sociedade se expandiu de forma especial, quebrando estereótipos machistas que atrasam a igualdade tão desejada pela maioria das pessoas. Confira este interessante artigo sobre as mulheres no mercado de trabalho e seu perfil de investimento.
Se nas décadas anteriores a figura feminina era a de “gastadora compulsiva”, estudos recentes mostram que elas já gastam 11% a menos do que homens em juros e parcelas.
A pesquisa da plataforma de empréstimos “Just” considerou desde dívidas do cheque especial até financiamentos imobiliários e empréstimos, contando com cerca de 114 mil participantes em todo Brasil.
Deste estudo, foi constatado que, em média, as mulheres costumam gastar R$356,24, enquanto homens gastam R$402,16 apenas em juros.
Esta economia pode ser justificada pela diferença de salários entre homens e mulheres que, apesar de ter diminuído, pode atingir 52% em áreas como a jurídica, por exemplo.
“A renda pode ser um fator que explica parte do resultado. O fato delas ganharem menos do que eles – 75% da renda masculina – , segundo o IBGE, pode impactar o resultado em diferentes aspectos: tanto técnicos quanto comportamentais. A renda menor implica em menos acesso ao crédito, já que este é um dado que a maioria das instituições consideram na hora de fornecer o limite do cheque especial, do cartão de crédito ou mesmo conceder empréstimos”
Bruno Poljokan, Diretor da Just
Mas, se a remuneração da mulher continua menor do que a dos homens em diversas posições, como o papel delas na economia está crescendo tanto?
De acordo com pesquisas do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), 40% das mulheres se declaram como responsáveis pelo orçamento familiar. Das que possuem filhos de relacionamentos anteriores, quase 70% não recebem ajuda financeira do pai da criança.
Este histórico de gestão residencial forma o perfil da maioria das mulheres que investem no mercado financeiro e valorizam os traços da personalidade feminina, que são vistos como positivos na hora de investir.
Pensamento à longo prazo
Pesquisas da área da psicologia econômica e comportamental – como as realizadas pela professora Vera Rita de Mello Ferreira (autora do livro “Decisões Econômicas – Você já parou para pensar?”) concluem que as mulheres têm maior sucesso por analisarem mais o mercado como um todo.
Esta diferença de pensamento tem muito a ver com a maior conquista do próprio dinheiro após a Segunda Guerra Mundial, com a inserção da figura feminina no mercado de trabalho.
Por analisarem melhor e por mais tempo, as mulheres que investem movimentam menos suas ações e mudam menos de produtos, estabilizando os ganhos e aproveitando melhor os períodos de crescimento.
Esta análise de riscos mais cautelosa garante melhores resultados ao longo prazo e valoriza mais uma qualidade do perfil feminino: a busca por independência e controle de sua vida.
Ainda no momento de escolha dos investimentos, uma característica que se destaca é a escolha por negócios simples ou tradicionais.
Em alguns estudos, percebemos também que os investimentos femininos não se abrem totalmente para tecnologias novas ou produtos que ainda não apresentam dados consolidados.
Por exemplo, é mais comum que elas invistam em um banco ou em uma empresa alimentícia, do que em empresas digitais como o Snapchat e a Musical.ly.
Por que os homens acabam se endividando mais?
Os dois grandes motivos que fazem os homens se envolverem mais em dívidas são: o entretenimento e o orgulho masculino.
Produtos caros como videogames, motos e bebidas estão entre os principais gastos superficiais do público masculino que, combinados com o orgulho natural de alguns homens, impede que busquem ajuda de especialistas ou mesmo de familiares, amigos ou companheiras.
Esse tipo de comportamento faz com que os homens estejam mais propensos a se envolverem com dívidas de cartão de crédito e, consequentemente, com juros.
A mulher no mercado de trabalho
Apesar de diversas empresas realizarem projetos de inclusão de mulheres, negros, LGBTQI+ e deficientes, a igualdade salarial e a diversidade ainda não são pilares centrais em diversas empresas.
As mulheres continuam sendo minoria nos cargos de liderança de grandes empresas, principalmente no setor de tecnologia, que sempre empregou pouquíssimas mulheres durante a história.
Segundo a Forbes, das 500 maiores empresas do mundo, apenas 25 são lideradas por mulheres.
Nos últimos anos, houve diminuição da diferença entre salários de homens e mulheres e crescimento da renda e participação da figura feminina no mercado de trabalho.
“Embora o cenário esteja longe do ideal, não podemos dizer que não há melhora. Aumentou a ocupação da mulher no mercado de um modo geral e também nos cargos de chefia”, diz Kátia Garcia, gerente de relacionamento com o cliente da Catho.
Estes avanços são consequência do perfil da mulher atual, que aumentou seu grau de escolaridade e é mais propensa a investir em si mesma através de cursos especializados.
No começo de fevereiro, a Pixar lançou o curta “Purl”, que mostra o primeiro dia de trabalho de uma mulher em um ambiente totalmente masculino, aqui representada por uma bolinha de crochê que deixa sua personalidade de lado para se encaixar no ambiente de trabalho.
Para as profissionais que são mães, esta cultura é passada aos filhos, que já demonstram um grau de escolaridade maior do que a média dos anos anteriores.
Esta mudança de perfil já era sentida nos últimos dois anos, quando uma pesquisa do Instituto Data Popular concluiu que, no Brasil, as mulheres detêm cerca de 37% da renda total da classe média e participa com 41% da renda total familiar.
A Remessa Online e o compromisso com a diversidade
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Por aqui, fazemos nossa parte todo dia, com uma equipe de pessoas diversas trabalhando em todas as áreas da empresa, sempre buscando as melhores oportunidades para nossos clientes.
Desejamos que todas as mulheres conquistem cada vez mais espaço na sociedade e que as oportunidades no mercado de trabalho não excluam ninguém por questões de gênero, idade, raça ou religião.
Obrigado por acreditar no nosso sonho e crescer com a gente!
Feliz Dia Internacional da Mulher.