Ata do Copom coloca foco sobre o fiscal

Visão Geral

O dólar comercial fechou a segunda-feira (11) com variação de 0,3%, valendo R$5,7559, após ter começado o dia cotado a R$5,7751. O euro fechou o pregão com variação de -0,3%, valendo R$6,1323 após ter iniciado o dia em R$6,1461.

O dólar iniciou esta terça-feira (12) cotado a R$5,7546 e o euro abriu o dia cotado a R$6,1387. Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

04h00 – Reino Unido – Taxa de Desemprego (set)

04h00 – Alemanha – IPC (out)

07h00 – Alemanha – Índice ZEW de Condições Atuais

Brasil

08h00 – Bacen:  Ata da reunião do Copom

09h00 – IBGE: Vendas no varejo (set)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

O Banco Central divulgou hoje a ata da reunião mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), destacando as incertezas externas e pressões domésticas que sustentam as taxas de juros elevadas no Brasil. O Copom reconheceu que fatores internos, como o mercado de trabalho ainda aquecido e o dinamismo econômico, continuam impulsionando a inflação. 

A política fiscal, de natureza expansionista, foi também mencionada como um ponto de atenção, indicando a importância de controlar o crescimento das despesas públicas para alcançar uma trajetória fiscal sustentável.

No cenário inflacionário, o Copom ressaltou que a inflação de serviços permanece acima do desejado, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado para encerrar 2024 em 4,6%, valor acima da meta estipulada. Esse contexto mantém as expectativas de que a taxa de juros permanecerá em patamares elevados, com a finalidade de moderar a atividade econômica e controlar a inflação.

Ainda hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os dados de vendas no varejo para setembro. A expectativa do mercado é um crescimento de 1,1%, o que sinaliza um desempenho resiliente do setor no Brasil. 

No câmbio, a previsão é que o dólar ganhe espaço frente ao real.

Real x Euro

No Reino Unido, a taxa de desemprego subiu para 4,3% em setembro, acima dos 4,1% registrados anteriormente, sinalizando um aumento leve na taxa de desocupação e sugerindo possíveis desafios para o mercado de trabalho, que vinha se mantendo relativamente estável.

Na Alemanha, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,4% em outubro, o que leva a inflação acumulada nos últimos 12 meses a 2%. O índice aponta para um cenário de preços relativamente controlados, especialmente em comparação com níveis mais altos vistos em outras economias europeias.

Entretanto, o Índice ZEW de Condições Atuais, que avalia a percepção econômica dos especialistas, caiu para -91,4, um dado que reflete a continuidade de dificuldades na economia alemã. Esse índice negativo, juntamente com o contexto de inflação moderada, reforça as previsões de uma recuperação mais lenta para o crescimento do país.

A expectativa para o câmbio é que o real ganhe terreno frente ao euro, impulsionado pelas condições econômicas desfavoráveis na Alemanha e pelo ajuste recente nas projeções de crescimento.

Seguimos de olho!

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