Economia e mercado

Banco central da China inerte deixa mercado alerta

Visão Geral

O dólar comercial fechou a última sexta-feira (17) com variação de +2,0%, valendo R$5,1540, após ter começado o dia cotado a R$5,0544. O Euro fechou o pregão com variação de +1,5%, a R$5,4115, após ter iniciado o dia em R$5,3304.

A moeda americana iniciou esta segunda-feira (20) cotada a R$5,1540, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,3810.

Agenda de hoje 

Exterior

03h00 – Alemanha – Índice de preços ao produtor (mai)

06h00 – Zona do Euro – Produção do setor de construção (abr)

13h45 – EUA – Discurso de James Bullard

Brasil

05h00 – Índice de preços ao consumidor FIPE (semanal)

08h00 – Índice de preços ao consumidor IBRE (semanal)

08h00 – 2ª prévia IGP-M (jun)

18h00 – Balança comercial (semanal)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

A despeito do relativo controle dos índices de preços do país, a autoridade monetária chinesa decidiu manter inalterada a sua principal taxa de juros.

Essa inação do PBoC e a possibilidade de um movimento de recessão global nos próximos meses têm trazido bastante volatilidade aos mercados e deve continuar impactando negativamente a cotação das moedas de países subdesenvolvidos como o Brasil.

Essa eventual desaceleração econômica, promovida pelos bancos centrais dos países desenvolvidos, deve ajudar a diminuir os preços das commodities e isso deve atuar em desfavor do balanços de pagamentos brasileiro. A diminuição do fluxo de capitais em direção ao Brasil pode trazer novas perdas ao real.

Logo nas primeiras horas da manhã, o índice de preços da cidade de São Paulo, o IPC semanal da FIPE, mostrou desaceleração ainda maior da inflação ao registrar aumento de 0,04%. Esse percentual ainda não contempla o recente aumento dos preços dos combustíveis.

A tendência do dia é de desvalorização da moeda brasileira.

Real x Euro

A Destatis, órgão oficial de estatísticas da Alemanha, informou há pouco que a inflação segue forte no país.

O índice de preços ao produtor industrial alemão subiu 1,6% no mês de maio, acima dos 1,5% esperados pelo mercado, mas abaixo do que foi registrado no mês de abril, +2,8%.

Com o resultado de maio a inflação ao produtor acumulada em 12 meses subiu a 33,6%, o maior nível de toda a série histórica disponível em mais de 70 anos.

A tendência do dia é de desvalorização do real.

Seguimos de olho.

André Galhardo

Economista-chefe da Análise Econômica, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico.”

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