Economia e mercado

Bank of Japan também vai abandonar a política de juro zero?

Visão Geral

O dólar comercial fechou a segunda-feira (19) em estabilidade, valendo R$5,3046, após ter começado o dia cotado a R$5,3078. O Euro fechou o pregão com variação de -0,3%, a R$5,6266, após ter iniciado o dia em R$5,6420.

A moeda americana iniciou esta terça-feira (20) cotada a R$5,3046, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,6272.

Agenda de hoje

Exterior

00h00 – Japão – Decisão de política monetária

04h00 – Alemanha – Índice de preços ao produtor (nov)

10h30 – EUA – Licenças de construção (nov)

12h00 – Zona do Euro – Confiança do consumidor preliminar (dez)

Brasil

Sem indicadores.

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Referência para o mundo Ocidental, o Bank of Japan (BoJ), autoridade monetária japonesa, decidiu, sem surpresa, manter a taxa básica de juros nominal negativa em 0,1%, no entanto, a decisão desta madrugada trouxe um elemento novo, que pode provocar alguma volatilidade no mercado de câmbio nesta terça (20).

O BoJ decidiu aumentar a margem de variação dos rendimentos dos títulos públicos de 10 anos, de -0,25% a +0,25% para -0,50% a +0,50%. A Decisão trouxe forte valorização do Iene japonês frente ao Dólar e pode representar a queda do último bastião da taxa de juro zero no mundo.

Em dia de agenda relativamente fraca, o mercado de câmbio abriu o dia sem direção à espera dos desdobramentos políticos domésticos.

Real x Euro

O índice de preços ao produtor da Alemanha cedeu 3,9% no mês de novembro, surpreendendo, em muito, a média das expectativas de mercado, que esperava por uma deflação mensal de cerca de 2,5%.

Com o resultado de novembro, a inflação acumulada em 12 meses cedeu de 34,5% para 28,2%. Os recentes dados que endossam uma acomodação dos preços na Europa, reforçam a hipótese de que o fim do ciclo de aperto monetário promovido pelo Banco Central Europeu pode estar muito próximo do fim.

Apesar dos números benignos de inflação registrados nos últimos meses, alguns analistas apontam para um risco energético ainda mais agudo para a Europa ao longo de 2023. De forma bastante resumida, os países que integram a Zona do Euro não contarão com o abastecimento russo no primeiro semestre do ano, ao contrário do que aconteceu em 2022.

 A tendência do dia é de valorização da moeda brasileira.

Seguimos de olho.

André Galhardo

Economista-chefe da Análise Econômica, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico.”

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