Entender o que é o Black Money pode trazer oportunidades para investir no movimento preto enquanto incentiva o empoderamento de pessoas negras. Saiba mais!
Aviso legal: utilizamos os termos “pessoas negras” e “movimento preto” ao longo do artigo, mas acreditamos que o melhor jeito é como o próprio indivíduo prefira ser chamado.
O mercado e os hábitos de consumo passam por diversas mudanças, assim como a própria sociedade. Nesse sentido, um movimento que tem ganhado destaque e exerce um papel de extrema relevância no mercado é o Black Money.
Ele tem como foco o empoderamento da população negra e o fortalecimento do afroempreendedorismo. O movimento trabalha aspectos econômicos e financeiros de grande relevância. Por esse motivo, quem deseja investir também pode aproveitar para buscar oportunidades ligadas a essa causa.
A seguir, aprenda o que é Black Money, entenda esse movimento socioeconômico e descubra por que investir nele!
O movimento Black Money foca em favorecer negócios de pessoas negras. O objetivo é conectar aqueles que se interessam por esse propósito e construir uma sociedade mais igualitária. Traduzido para o português, o termo é conhecido como dinheiro preto.
Originalmente, o termo Black Money costumava se referir a um dinheiro obtido ilegalmente. A associação desse termo negativo à população negra é o motivo de ressignificação desse conceito. De forma que, se antes o Black Money significava ilegalidade, agora ele simboliza oportunidade.
Criado por Marcus Garvey, o movimento Black Money surgiu nos Estados Unidos durante o século XX. Garvey era um jamaicano que ficou conhecido como um dos maiores ativistas do movimento nacionalista negro.
A filosofia defendida por ele era de que a população negra deveria investir nela mesma, a fim de produzir mais riqueza social e intelectual. Assim, embora o Black Money tenha se popularizado e tido mais destaque nos últimos anos, ele não é novo.
A população negra norte-americana passou por um processo de segregação racial violento. Portanto, o caminho de fortalecimento da comunidade começa a partir de ideais como o de Marcus Garvey.
O movimento Black Money funciona a partir de ações para promover o mercado afroempreendedor. Ou seja, ele adota medidas que reforçam a importância de valorizar o poder de compra dos afrodescendentes e de investir na própria comunidade.
Isso é feito, por exemplo, ao aplicar práticas que estimulem o pensamento inovador entre jovens negros. A partir de sua própria vivência, eles pensam em soluções diferenciadas que ampliam a competitividade do mercado e geram mais oportunidades para a população afrodescendente.
Aqui, vale destacar que 51% dos empreendimentos criados no Brasil são por pessoas negras, o que movimenta cerca de R$ 1,73 trilhão por ano. Porém, é a comunidade negra que enfrenta os maiores problemas. Por exemplo, dificuldade de acesso ao crédito e práticas racistas que, infelizmente, ainda estão presentes na sociedade.
O movimento busca valorizar negócios desenvolvidos por empreendedores negros. Nesse sentido, o Movimento Black Money defende as seguintes premissas: “se não me vejo, não compro” e “compro de afroempreendedores para fortalecer os seus negócios”.
No primeiro caso, há uma grande ligação com a representatividade, já que muitas marcas não se preocupam em gerar essa identificação com o consumidor. Ainda existe o foco em valorizar negócios que pensam iniciativas para atender as necessidades do público negro .
Já o segundo caso tem relação com o incentivo a esses negócios. Com um cenário de maior dificuldade enfrentado pelos afroempreendedores, focar em empresas pretas na hora de consumir é essencial para o crescimento do movimento.
O cenário de pessoas negras no Brasil é ainda de muita desigualdade. Isso porque 75% entre os mais pobres são negros, enquanto entre os mais ricos são 70% brancos. Os dados são de uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019.
O levantamento ainda trouxe outras informações:
Os dados explicam a necessidade de combater esse cenário. A população negra está entre a mais desempregada ou subutilizada na força de trabalho. Além disso, é a que sofre mais impactos devido à falta de acesso a serviços básicos, como coleta de lixo ou esgoto. Assim, iniciativas como o Black Money existem para ajudar a nivelar o cenário para a comunidade preta mundial.
Investir no movimento Black Money é uma forma de fortalecer a comunidade negra e investir com propósito. Ou seja, o foco das suas alocações deixa de ser apenas o lucro, colaborando também para a construção de uma sociedade com menos desigualdade.
Inclusive, vale destacar o crescimento do interesse do mercado pelos investimentos ESG (Environmental, Social and Governance), ou governança ambiental, social e corporativa. São assim considerados os aportes feitos com foco em sustentabilidade, em sentido amplo.
Há uma ligação com a questão social no movimento Black Money. Afinal, ele promove a diversidade e inclusão nas empresas. Ainda, há uma contribuição para o crescimento de negócios com esse foco, incentivando a adesão da sociedade a essa tendência.
Outro aspecto relevante desse tipo de investimento é que ele ajuda a movimentar a economia do país. Isso porque o desenvolvimento das empresas alinhadas ao movimento ajuda na criação de empregos e na movimentação de dinheiro. Logo, toda a sociedade se beneficia, direta ou indiretamente.
Uma das formas de adotar o Black Money é fazer compras em empreendimentos ligados ao movimento. Ainda, se você investe, pode buscar formas de disponibilizar recursos para o desenvolvimento de negócios desse tipo.
Conseguiu entender o que é o movimento Black Money e a importância dele? Dessa forma, vale a pena estudar mais sobre o assunto e considerar buscar negócios ligados a ele na hora de fazer compras e investir os seus recursos.
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O movimento Black Money visa favorecer negócios de pessoas negras e fortalecer a comunidade afrodescendente. Seu objetivo é conectar aqueles que se interessam por esse propósito e construir uma sociedade mais igualitária.
Investir em alternativas ligadas ao movimento Black Money ajuda a fortalecê-lo, o que colabora para a construção de uma sociedade com menos desigualdade.
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