Visão Geral
O dólar comercial fechou a terça-feira (15) com variação de +0,6%, valendo R$5,1631, após ter começado o dia cotado a R$5,1327. O Euro fechou o pregão com variação de +0,7%, a R$5,6541, após ter iniciado o dia em R$5,6173.
A moeda americana iniciou esta quarta-feira (16) cotada a R$5,1599, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,6501.
Agenda de hoje
Exterior
09h30 – EUA – Vendas no comércio varejista (fev)
11h30 – EUA – Estoques de petróleo bruto (semanal)
15h00 – EUA – Decisão de política monetária
Brasil
08h00 – IGP-10 (mar)
08h00 – Índice de preços ao consumidor FGV (semanal)
09h00 – Pesquisa mensal de serviços (jan)
14h30 – Fluxo cambial (semanal)
18h30 – Decisão de política monetária
Perspectiva para o dia
Real x Dólar
O mercado abre o dia sem direção nesta quarta-feira à espera das decisões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos.
Por aqui, o IGP-10 mostra que os impactos dos aumentos das commodities nas últimas semanas ainda não contaminaram os preços na base da cadeia produtiva, mas o índice semanal de preços ao consumidor denuncia que a inflação chegou mais rápido nos pontos de venda.
Segundo a FGV, o IPC-S avançou 0,64% na segunda semana de março, o maior percentual desde a terceira semana de dezembro do ano passado. Ao contrário do que pode ser imaginado inicialmente, a principal contribuição para esse aumento de preço na segunda semana do mês corrente não veio dos combustíveis, mas do grupo de alimentação.
A expectativa é de que o Banco Central do Brasil aumente a taxa básica de juros em 1%, de 10,75% para 11,75% e comunique mais aumentos à frente para tentar combater a inflação que atualmente encontra-se acima dos dois dígitos.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve deve comunicar o primeiro de muitos aumentos esperados à frente. O FED tem a missão de reduzir a maior inflação anual em mais de 40 anos. A expectativa, no entanto, vem do comunicado que será feito após a decisão do banco. O mercado quer pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária norte-americana.
A dissipação de parte do clima de incerteza e a redução dos preços das commodities devem produzir valorização da moeda brasileira, tendência diária que pode ser revertida pelos desdobramentos da guerra na Ucrânia e pelo tom do comunicado do FED, depois das 15 horas.
Real x Euro
O preço do barril de petróleo caiu rapidamente depois que o mercado precificou alguma diminuição no ritmo de atividade econômica na China, que voltou a bloquear cidades inteiras como reflexo da política de tolerância zero com os casos de Covid-19.
A eventual diminuição de demanda por parte da China se somaria à diminuição da atividade econômica como reflexo da guerra na Ucrânia.
Do outro lado, o Irã informou que libertou duas mulheres britânicas como parte das negociações sobre o acordo nuclear, o que poderia colocá-lo em breve como fornecedor de petróleo para os Estados Unidos, por exemplo.
No Brasil, além da inflação, a propagação da Ômicron no mês de janeiro impactou o maior setor da economia. Segundo o IBGE, o setor de serviços recuou 0,1% no primeiro mês do ano. Apesar disso, indicadores antecedentes mostram que os serviços cresceram em fevereiro.
A tendência diária é de valorização da moeda brasileira.
Seguimos de olho.