Diante de situações atípicas que causem uma desvalorização brusca do Ibovespa, existem mecanismos de proteção, como o Circuit Breaker. Saiba como ele funciona, neste post.
Quem tem o hábito de fazer investimentos sabe que existem mecanismos de segurança usados para proteger ativos em diferentes contextos. Um deles é o Circuit Breaker, da Bolsa de Valores do Brasil.
Seu principal objetivo é, além de proteger os investidores, garantir a sustentabilidade do próprio mercado de ações.
Mas como funciona esse recurso e por que ele é acionado? Neste post, explicaremos seu conceito, importância e mais. Continue a leitura para aprofundar seus conhecimentos!
O Circuit Breaker é uma medida de segurança da Bolsa de Valores do Brasil, acionado durante situações atípicas, como crises financeiras e queda de mais do que 10% do Ibovespa — seu principal índice. Dessa forma, objetivo é preservar o equilíbrio do mercado e garantir a proteção aos investidores, interrompendo todas as transações na bolsa.
Diante de um cenário de alta volatilidade, a medida de segurança funciona como uma “pausa”, permitindo que o mercado financeiro se acalme e que as negociações prossigam. A ideia é que as operações sejam retomadas quando houver uma situação de equilíbrio, ou o movimento natural das negociações seja restabelecido.
Nesse sentido, o sistema é uma vantajosa ferramenta de proteção, evitando que investidores e empresas sofram grandes perdas ou prejuízos por conta da flutuação excessiva.
O Circuit Breaker é acionado para forçar uma pausa quando existe uma situação de desequilíbrio excessivo ou atípico no mercado financeiro. Ele fica ativo até que o movimento das negociações atinja um equilíbrio viável.
Situações que demandam essa medida geralmente envolvem uma disparidade entre os volumes de compra e venda de ações. Isso ocorre, normalmente, quando há crises, guerras, pandemias e cenários negativos em geral.
A venda em excesso de determinadas ações, por exemplo, causa uma oscilação tremenda. Isso afeta os índices e causa um efeito dominó no mercado.
Nesses casos, o Circuit Breaker é acionado para proteger as ações e os investidores, evitando que preços e ativos enfrentem uma queda excessivamente brusca. O ponto-chave desse mecanismo é usar o tempo de parada para que o mercado consiga se acalmar e, assim, investidores deixem de agir por impulso.
No Brasil, o Circuit Breaker funciona conforme o índice de queda do Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores. Ou seja, dependendo do percentual da queda, um determinado número de ações será tomado.
Essa ferramenta segue critérios e acontece em passos, conhecidos como estágios I, II e III. Para entender como isso funciona em detalhes, observe as regras a seguir.
No caso de uma queda de 10% em relação aos valores de fechamento de um dia antes, a medida é acionada e as negociações são paralisadas por 30 minutos. Esse seria um Circuit Breaker inicial.
Com o passar dos 30 minutos, o mercado retoma as negociações. Caso a pausa não tenha surtido efeito e o Ibovespa continue em queda, chegando aos 15%, um novo Circuit Breaker é acionado, interrompendo operações por uma hora.
Em uma hipotética situação de não haver melhora, a B3 pode suspender novamente as atividades caso o índice Ibovespa atinja 20% de desvalorização. Aqui, a parada é feita por tempo indeterminado e a B3 se encarrega de avaliar um novo prazo para a retomada do mercado.
Essa atitude da Bolsa previne o que se conhece como “efeito manada”. Diante de uma crise, todos os investidores decidem vender suas ações simultaneamente, causando um extremo desbalanceamento do mercado.
Uma regra importante para o Circuit Breaker está ligada aos minutos finais do pregão. Segundo as normas, não é possível acioná-lo nos 30 minutos finais de negociação do dia.
Se a medida for acionado em um período que engloba a última hora de atividade do pregão, a B3 determina que deve haver uma prorrogação no horário de encerramento quando as operações voltarem. Essa prorrogação só pode durar 30 minutos, no máximo.
O Circuit Breaker dura, inicialmente, 30 minutos diante de uma queda de 10% do índice Ibovespa, no Brasil. Caso a desvalorização continue, a B3 pode acionar o mecanismo novamente e instituir uma parada por tempo indeterminado, dependendo da queda.
A duração do sistema pode ocorrer por:
No Brasil, o último Circuit Breaker acionado pela B3 aconteceu em março de 2020. O cenário era o começo da pandemia de Covid-19, que impactou profunda e negativamente o mercado financeiro de todo o mundo. Antes disso, houve episódios recentes em 2017 e 2008.
No histórico da B3, o mecanismo foi utilizado em 5 anos diferentes. A primeira vez que ele foi acionado no Brasil foi em 1997. Nessa época, a crise financeira na Ásia, que atingiu países como Malásia, Filipinas e Coreia do Sul, derrubou índices nas Bolsas de Valores de todo o mundo. Isso resultou na paralisação de atividades financeiras no Brasil em três ocasiões nos últimos meses de 1997.
Como vimos, o Circuit Breaker é um recurso que ajuda o mercado a lidar com crises extremas e mitigar altos riscos e prejuízos. Diante de quedas no índice Ibovespa fora da normalidade, a Bolsa de Valores lança mão desse mecanismo de interrupção para proteger as operações e os investidores.
Gostou de saber sobre o Circuit Breaker, sua função e quando ele acontece? Se você quer ler mais artigos interessantes e relevantes como este, não deixe de assinar a newsletter da Remessa Online! Assim, você recebe nossos conteúdos e atualizações na sua caixa de entrada.
O Circuit Breaker é uma medida de segurança da Bolsa de Valores do Brasil, acionado durante situações atípicas, como crises financeiras e queda de mais do que 10% do Ibovespa — seu principal índice. Assim, objetivo é preservar o equilíbrio do mercado e garantir a proteção aos investidores, interrompendo todas as transações na bolsa.
No Brasil, o Circuit Breaker funciona conforme regras que têm como principal parâmetro o índice de queda do Ibovespa, um importante indicador da B3. Dependendo do percentual da queda, as operações na Bolsa são paralisadas por um período determinado.
– Ibovespa com queda de 10% em relação ao dia anterior: 30 minutos
– Ibovespa com queda de 15% em relação ao dia anterior: pausa de uma hora
– Ibovespa com queda de 20% em relação ao dia anterior: pausa por tempo indeterminado
– 2017: a queda na Bolsa de Valores e seu respectivo Circuit Breaker aconteceram como reflexos de crises políticas no Brasil;
– 2020: a pandemia de Covid-19, atrelada à crise do petróleo, fez com que o Circuit Breaker fosse acionado seis vezes no mês de março.
Acompanhe o impacto dos acontecimentos mais relevantes sobre o real x dólar, euro e libra,…
Descubra quem tem direito à pensão por morte, como solicitar e quais as regras para…
O dólar hoje abriu esta sexta-feira (21) em R$5,7029, após ter atingido a mínima de…
Se você ama a energia dos blocos de Carnaval de São Paulo, prepare-se porque a…
Entenda o novo recurso da Uber que permite aos motoristas bloquear passageiros indesejados, lançado estrategicamente…
Descubra como identificar rapidamente os sintomas da dengue e saiba como agir para prevenir complicações…