Em meio à pandemia do novo coronavírus, o mundo todo entrou em crise econômica dadas as medidas necessárias à contenção do vírus.
Por provocar uma síndrome respiratória grave, que pode levar à morte em casos de complicações, a regra é praticar o chamado distanciamento social.
Ou seja, as pessoas devem passar a maior parte do tempo dentro de suas casas. Esse comportamento impacta diretamente no comércio local, que está tendo que se reinventar para garantir uma sobrevida.
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Diante desse cenário, empresas de tecnologia voltadas para o entretenimento e, principalmente, o e-commerce viu seus resultados avançarem positivamente. O AliExpress, por exemplo, registrou aumento considerável nas vendas de papel higiênico e máscaras de proteção.
O serviço de varejo pertence ao Grupo Alibaba, empresa de comércio on-line sediada na China. Criado em 2010, o braço varejista do e-commerce nasceu após a experiência do Alibaba com a epidemia da SARS, em 2003, que também foi provocada por um tipo de coronavírus.
Aliando essa experiência anterior à necessidade de consumo das pessoas, o AliExpress já anunciou mudanças para atrair o público que ainda estava resistente a aderir às compras on-line.
Reposicionamento
Quando a covid-19 ainda era uma epidemia localizada na China, as entregas do AliExpress sofreram um impacto. A empresa chegou a alertar os consumidores que os pedidos realizados a partir de 1° de fevereiro poderiam levar até 30 dias para serem postados, antes da disseminação da doença, o prazo era de dois dias.
A reação veio em abril, quando foi anunciado um novo serviço chamado de AliExpress Direct. O recurso foi idealizado para facilitar a vida dos brasileiros, que antes recebiam os pedidos em pacotes diferentes, já que a plataforma de marketplace reúne diversos fornecedores.
Ao optar pelo AliExpress Direct, o consumidor brasileiro vai receber todos os pedidos de uma só vez em um único pacote. Com isso, há menor contato com entregadores e uma entrega mais rápida.
É possível optar pelo novo sistema no ato da compra, mediante o pagamento de uma taxa de US$ 3, cerca de R$ 17, dependendo a cotação do dólar. Mas, se a compra ultrapassar US$ 30 – aproximadamente R$ 174 – a taxa não será cobrada.
Parcelamento e devolução
Outras duas novidades foram lançadas na esteira do novo coronavírus. Uma delas é a opção de pagamento parcelado, também anunciada em abril.
O parcelamento está liberado para cartões de crédito emitidos no Brasil e pode ser feito em até seis vezes sem juros, o que não era possível até agora. Essa modalidade já representa 15% das negociações realizadas no Brasil.
O outro lançamento é a devolução gratuita. Se for feita dentro do prazo de 15 dias, poderá ser feita sem o pagamento de taxas. Basta o consumidor fazer a solicitação de reembolso.
Possibilidade futura
O AliExpress é um dos sites mais procurados por brasileiros na hora de fazer compras on line. No entanto, o prazo de entrega está longe de ser o ideal: cerca de um mês.
Pensando nisso, a empresa estuda possibilidade de ter um centro de distribuição no Brasil. Embora ainda não tenha nada certo, a direção aponta que essa pode ser uma decisão em médio prazo.
De acordo com o AliExpress, está em andamento um esforço conjunto com serviços de entrega para diminuir o preço dos envios. E ainda estão experimentando lojas físicas no Brasil. Em Curitiba já existe um projeto piloto sendo testado, mas ainda é cedo para afirmar uma expansão de negócio em solo tupiniquim.