Ao longo desta quarta-feira, 4, em meio às notícias vindas dos Estados Unidos, os mercados acionários da Europa protagonizaram um movimento de valorização.
Enquanto Joe Biden batia o recorde de votos já recebidos por um candidato na história eleitoral da potência americana, as Bolsas europeias ganharam força. E não podemos chamar o movimento de coincidência.
A real possibilidade do democrata se consagrar presidente ajudou a alavancar o mercado europeu. Com isso, após abertura em queda, alguns mercados do velho continente se recuperaram e fecharam em alta.
- • Paris de 2,4%;
- • Frankfurt de 2%;
- • Milão de 1,96%;
- • Londres teve alta de 1,7%;
- • Madri de 0,45%.
E o que faz o mercado reagir positivamente a uma possível vitória de Biden?
Em relação à política e a economia, dificilmente podemos atribuir qualquer movimento a um único motivo, sobretudo neste cenário de incertezas.
No entanto, existe a expectativa de que o candidato democrata apoie mais gastos fiscais para ancorar a economia americana, que, assim como o restante do mundo, sofreu fortes impactos provocados pela COVID-19.
E como consequência da aceleração econômica da potência norte-americana, os demais países, em especial os mais ricos, também devem ser beneficiados.
Apesar do resultado positivo ao longo do dia nas Bolsas da Europa, o cenário não era o esperado
Alinhado às pesquisas que apontavam uma vitória, entre algumas aspas, mais confortável de Joe Biden, o mercado se preparou para outro cenário. A disputa voto a voto, delegado a delegado, desestabilizou o mercado.
Essa disputa acirrada, bem como o discurso de Donald Trump na última madrugada, onde o republicado reivindicou sua vitória e anunciou que apelará à Suprema Corte para contestar a contagem de votos, estão entre os aspectos que proporcionaram uma manhã de queda.
E o Euro, como fica?
Ontem, no dia oficial das eleições americanas, a moeda iniciou o pregão em R$ 6,6860 e fechou o dia em R$ 6,7409. Já hoje, o Euro apresentou volatilidade ao longo do dia:
- • Às 9h01, estava cotado a 6,7387.
- • Às 15h20, caiu para 6,6170.
- • E às 16h30, recuperou um pouco, chegando a 6,6371.
Ou seja, ao longo desta quarta-feira, a moeda acumulou queda de 1,45%. Mas é importante lembrar que, como citamos, dificilmente podemos atribuir qualquer movimento a um único motivo.
Porém, é possível apontar o cenário de incertezas, proporcionado pelas eleições dos Estados Unidos, como um aspecto de influência para a variação cambial.