Entenda porque corretoras como Charles Schwab, TD Ameritrade e Fidelity Investments zeraram suas taxas de corretagem e quais as oportunidades que isso abre para brasileiros interessados em investir no exterior
A Fidelity Investments foi a mais nova corretora de investimentos a reduzir a zero suas taxas de corretagem no mercado de capitais norte-americano. Antes dela a TD Ameritrade, Charles Schwab e outras já haviam feito o mesmo movimento.
Com isso, investidores interessados em investir em ativos como ações, ETFs (também conhecidos como “fundos de índice”) e outros nestes mercados não precisarão pagar taxas de corretagem para fazê-lo. Este movimento de zerar as taxas de corretagem se tornou possível por conta da digitalização do mercado, que permitiu o surgimento de startups que já operavam com taxa zero, como a Robinhood, do Vale do Silício.
Além disso, as taxas de corretagem já representam um percentual baixo da receita das corretoras. Na Charles Schwab, por exemplo, elas representam cerca de 7% do faturamento total. A Fidelity declarou em seu press release que as taxas zeradas podem trazer mais negócios de outras fontes. Um exemplo é a consultoria de investimento, pela qual ela cobra de 0,35% a 1,05% de taxa sobre o valor investido nos ativos recomendados, de acordo com o plano contratado.
Taxa de corretagem zero: mais uma razão para investir no exterior
Nos últimos três anos, o volume de investimentos brasileiro em portfolio no exterior cresceu 65%, de acordo com o Banco Central. Isto mostra que o Brasil já está aderindo a uma tendência internacional de diversificação de investimentos. Em países mais desenvolvidos, por exemplo nos Estados Unidos e no Reino Unido, investidores alocam 22% e 50% dos seus portfólios de renda variável, respectivamente, em ações no exterior.
Os mercados de capitais norte-americano, inglês e alemão são os mais estabelecidos e seguros do mundo. Por meio deles você pode investir em títulos de qualquer lugar do mundo, de ações de empresas a títulos de dívida de países.
Grandes corporações de países em desenvolvimento, como a chinesa Alibaba, a indiana Tata Motors e mesmo a brasileira PagSeguro estão listadas na Bolsa de Nova York.
Nos Estados Unidos, as corretoras de investimento são regulamentadas pela FINRA, uma instituição de autorregulação do mercado, autorizada pelo Congresso para proteger os interesses dos investidores. Além disso, todos os investimentos estão protegidos pelo SIPC, equivalente ao Fundo Garantidor de Crédito no Brasil, em até US$ 500 mil.
Como investir em ações no exterior
O primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora no exterior. Você pode escolher qualquer uma das corretoras que estão operando com taxa zero. Todas elas permitem a abertura de conta 100% online e sem custo. Você precisará apenas ter a versão digitalizada de seu passaporte e de um comprovante de residência.
Uma vez aberta a conta, basta fazer sua primeira transferência. Pela Remessa Online o processo é o mais simples e rápido do mercado, e os custos também são os mais baixos. E não é necessário muito dinheiro para começar. Na TD Ameritrade, por exemplo, você só precisa ter US$ 50 na conta para começar a operar pelo broker eletrônico.
A partir daí, é só explorar as oportunidades que o mercado de capitais internacional te oferece. Cadastre-se e comece sua trajetória de investidor global.