Tal como na Europa, os dados oficiais de março e abril ainda não foram divulgados e o que baliza a nossa percepção de desaceleração, além da situação óbvia, são os indicadores antecedentes.
Segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), o fluxo de veículos nas vias pedagiadas caiu 18,4% no mês de março.
Com relação a este indicador, a ABCR destaca que o número de março contempla apenas dez dias de quarentena pelo Covid-19 e que a queda de março de 2020 foi mais forte que a vista durante a greve de caminhoneiros, em 2018.
Consultorias privadas apontam recuo de 16,2% na atividade comercial do mês de março, com destaque para quedas de mais de 20% em setores específicos, como o de material para construção.
Os indicadores de confiança do empresário e consumidor apresentaram fortes quedas nas últimas leituras, o que indica que a expectativa em torno do relaxamento da quarentena e da normalização da economia estão comprometidas para os próximos meses.
Os índices de preços também já apresentam reflexos da quase paralisação da economia brasileira.
O IPCA referente ao mês de março variou 0,07%, o que representa a menor variação para os meses de março desde a implantação do plano real.
A variação de preços em março só não foi menor em decorrência do aumento do preço dos alimentos e das bebidas.
Empresários viram oportunidade de ganhos extras com a corrida das pessoas ao mercado.
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