A semana foi marcada pela decisão de política monetária nos EUA e no Brasil. Além disso, tivemos a bomba da entrevista do ex-presidente Lula para a CNN Brasil em meio ao crescimento exponencial do número de casos e óbitos decorrentes da Covid-19 no país. A União Europeia avança na aprovação da vacina de Oxford, enquanto o Reino Unido pode sofrer com escassez de vacinas.
Acompanhe a seguir os desdobramentos desses e outros acontecimentos sobre as principais moedas globais.
Perspectivas
Para fechar essa leitura semanal, é importante registrar que as decisões de política monetária foram determinantes para apontar caminhos diferentes – ou, ao menos, perspectivas diferentes desses caminhos.
Nos EUA, a decisão de política monetária foi ancorada na perspectiva de que a economia está voltando a crescer e, portanto, elevar os juros seria um problema. No Brasil, como tradicionalmente ocorre, os juros foram elevados com base na perspectiva de que a inflação precisa ser controlada. Aqui, os caminhos se separam.
Em termos de agenda e calendário, a próxima semana terá vários dados do PMI Markit dos EUA, Alemanha, Zona do Euro e Reino Unido. Paralelamente, cabe destacar que a semana começará com os dados de política monetária da China.
No Brasil, por sua vez, na próxima semana teremos mais dados, com destaque para a ata do Copom na terça-feira (23), o IPCA-15 na quinta-feira (25) e a nota de política monetária do Banco Central na sexta-feira (26).
Isso posto, em função dos eventos desta semana, e especialmente atentos aos movimentos políticos no Brasil e EUA, na próxima semana não devemos ter surpresas. O Real deve seguir sua trajetória de depreciação, exceção feita no caso de alguma nova intervenção do Banco Central que, por ora, não está no radar.
Seguimos de olho.