O petróleo teve um papel fundamental na cotação das principais moedas ao longo desta semana, principalmente após o anúncio de mais sanções contra a Rússia, que permanece no conflito contra a Ucrânia.
Em função da interrupção das cadeias de suprimento de petróleo, gás e seus derivados, bem como de fertilizantes vendidos pela Rússia, como falamos ao longo desta semana aqui no blog, o crescimento econômico de diversos países (inclusive o Brasil) deve ser impactado e, a consequência imediata, é uma inflação em patamar superior ao projetado anteriormente.
No mais, acompanhe a seguir os desdobramentos desses e outros acontecimentos sobre as principais moedas globais.
> Real vs Dólar
> Real vs Euro
> Real vs Libra Esterlina
Perspectivas
Frente a todo esse movimento, vemos a continuidade da entrada de dólares no país e a manutenção da tendência de apreciação do Real em comparação com Dólar, Euro e Libra Esterlina.
Na segunda semana de março, já entraram mais de US$500 milhões. Parte desses recursos também justificam a alta importante nas ações da Petrobras que, em função do aumento do preço do barril do petróleo, tem registrado bons resultados.
No mais, na próxima semana teremos dados importantes no radar econômico, que devem pautar de maneira secundária o movimento do Real. O maior destaque é para a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. A expectativa é de alta dos juros por lá, alta esta que já está sendo esperada e anunciada desde o ano passado.
Aqui no Brasil, também teremos a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Por conta da alta do dólar, dos preços de commodities importantes para a economia brasileira e pelo desempenho das contas públicas – todos esses elementos que impactam diretamente a inflação – espera-se que o Copom decida por um novo aumento que, pela nossa avaliação, deve ser de até 1 p.p.
Seguimos de olho.