Esta semana, vimos o Real retomar a trajetória de valorização vista semanas antes da alta de juros por parte do Fomc/Fed. O Real se fortaleceu em comparação com o dólar, o euro e a libra, enquanto que o dólar perdeu força frente a todas essas moedas. Parte importante desse movimento se justifica pela avaliação do mercado de que a economia americana pode entrar em recessão – avaliação que não é compartilhada pelo board da autoridade monetária dos EUA. Acompanhe a seguir os desdobramentos desses e outros acontecimentos sobre as principais moedas globais.
Perspectivas
O dólar furou o piso dos R$5,00 novamente e operou ao longo da semana na casa dos R$4,90 – e já furou esse piso novamente. O movimento reforça a força do Real, mas, pela nossa leitura, muito mais em função da situação adversa no restante do mundo.
Analistas de mercado veem a alta tardia dos juros nos países desenvolvidos como problemática, por outro lado, a perspectiva de alta dos juros no Brasil está claramente definida pelo Banco Central. Desse modo, a entrada de dólares no país deve continuar e o Real deve continuar se fortalecendo.
Na agenda de eventos econômicos da próxima semana, está prevista a divulgação de dados relevantes, tanto do Brasil, quanto de economias desenvolvidas. No Brasil, destacamos o IPCA-15, que deve desacelerar em comparação com o dado de abril, mas ainda deve permanecer alto.
Adicionalmente, caso não tenhamos imprevisto algum, o Banco Central deve divulgar os dados referentes ao mês de março do setor externo, da atividade econômica (IBC-Br) e do mercado de crédito. Complementarmente, conheceremos os PMIs relevantes de EUA, Reino Unido e Zona do Euro, além do PIB da Alemanha referente ao primeiro trimestre.
Seguimos de olho.