De Olho no Câmbio #183: a recessão chegou!

A semana que passou foi extremamente recheada de indicadores econômicos importantes entre os quais, os que receberam maior destaque foram os provenientes dos Estados Unidos. O Fed aumentou os juros e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos confirmou que a maior economia do mundo entrou em recessão técnica. No Brasil, os indicadores de preços endossam um movimento sustentado de desaceleração da inflação que deve ser reforçado por uma nova diminuição nos preços da gasolina. Cada um desses elementos trouxeram impactos positivos para a moeda brasileira. Acompanhe a seguir os desdobramentos desses e outros acontecimentos sobre as principais moedas globais.

Real vs Dólar

Real vs Euro

Real vs Libra Esterlina

Perspectivas

Depois da decisão do Fed é a vez do Banco Central do Brasil decidir o rumo da política monetária. O mercado espera por um novo aumento de 0,50%, que elevará a Selic a 13,75%, o maior percentual desde dezembro de 2016. Além do aumento, que já é esperado pela maioria dos agentes brasileiros, espera-se por elementos que nos permita estimar os próximos passos da autoridade monetária brasileira.

É importante lembrar que o Copom já optou por estender o ciclo de aumentos nas últimas três oportunidades, o que pode se repetir na reunião da próxima semana, baseado no comportamento das expectativas de inflação para 2023.

Como o governo brasileiro tem atuado fortemente em ampliar os gastos a poucos meses da eleição, o mercado tem falado em risco fiscal e isso tem se traduzido em aumento das expectativas de inflação para o ano que vem.

Por outro lado, o tom mais ameno do Fed e a recessão dos Estados Unidos podem mudar os rumos da nossa política monetária e o Bacen finalmente anunciar a interrupção do maior ciclo de aumento de juros da nossa história. Se isso acontecer, pode haver um movimento de alta do dólar, já que se espera por uma inflação mais alta no ano que vem o que acaba comprimindo em alguma medida as taxas reais de juros.

No exterior, os dados da economia norte-americana seguem no radar e as notícias não devem ser muito animadoras. Os dados semanais de novos pedidos de seguro-desemprego devem mostrar continuidade da deterioração do mercado de trabalho local e o número de postos de trabalho criados em julho deve ser o menor desde dezembro do ano passado.

Seguimos de olho. 

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