A inflação parece ter voltado a ser um problema no hemisfério norte à medida que os dados de 2023 são conhecidos. O tema parece batido, mas como uma boa série de streaming esse na verdade é só mais um episódio de uma longa temporada. Depois de uma incômoda inflação no mês de janeiro, números preliminares de fevereiro mostraram continuidade do aumento da inflação na Europa. Nos Estados Unidos, onde a situação não é muito diferente do que tem sido na Europa, a inflação de janeiro também mostrou que ainda existe um longo caminho para que os países desenvolvidos deixem os quadros de inflação. O aumento da inflação na Europa e nos EUA acabam trazendo volatilidade ao mercado de câmbio mundial e pode impedir movimentos mais elásticos de valorização da divisa brasileira.
Perspectivas
A próxima semana será marcada pela divulgação de dados importantes que podem trazer impactos às cotações das principais moedas.
No final da semana, o mercado conhecerá os dados de inflação e de emprego nos Estados Unidos. Com relação ao mercado de trabalho, considerando o volume de novos pedidos de seguro-desemprego (quase sempre abaixo das expectativas) é muito provável que o número venha mais forte que o esperado pelos analistas, o que deve reforçar um movimento de valorização do dólar sobre as demais moedas.
Em relação à inflação, dados prévios divulgados pelo Fed mostram que os preços devem ficar relativamente comportados em fevereiro.
Esses dois indicadores americanos são cruciais para determinar a cotação da moeda brasileira sobre as demais divisas, mas até lá, a tendência de curto prazo é de valorização do real.
Seguimos de olho.