A semana trouxe novos movimentos de desvalorização do Real, mas trouxe consigo surpresas com a economia brasileira e estadunidense. Ao que tudo indica, as economias estão mais aquecidas do que se imaginava. Na Europa, os dados da Alemanha trouxeram certo alento face à recém declarada “recessão técnica” no país. Por fim, o Reino Unido flerta com ideias perigosas do passado latinoamericano para o combate à inflação.
Acompanhe a seguir os desdobramentos desses e outros acontecimentos.
Perspectivas
De forma geral, pode-se perceber uma tendência de fraqueza tanto do Real quanto do dólar ao longo desta última semana. A moeda brasileira, porém, sofreu o maior impacto, desvalorizando-se mesmo contra um dólar enfraquecido.
A perda de valor por parte da moeda norte-americana pode ser entendida com os dados apresentados pelo último payroll na manhã desta sexta-feira (2), que indicou uma criação de aproximadamente 330 mil novas vagas, contra as expectativas de apenas 200 mil por parte do mercado, indicando que a economia dos EUA está aquecida.
A desvalorização do Real, por sua vez, aconteceu anteriormente ao anúncio de crescimento de 1,9% do PIB brasileiro, que contrariou as expectativas do mercado, e levou a um fortalecimento da moeda brasileira, embora não em força o suficiente para contrabalancear o fraco desempenho ao longo da semana.
Para a próxima semana, a agenda será mais curta em função do feriado no Brasil. Ainda assim, contaremos com a divulgação do IPCA do mês de maio, que deve manter a continuidade do processo de desinflação do país. Além disso, a agenda contará com diversos PMIs e IPC chinês.
Seguimos de olho.