De Olho no Câmbio #245: Resiliência da economia americana provoca instabilidade no câmbio

Os dados recentes reforçam as expectativas de que o Federal Reserve ainda não finalizou sua empreitada de elevar as taxas de juros, provocando incerteza no mercado cambial. Ao mesmo tempo, a posição menos restritiva do Copom contribui para uma maior volatilidade do real em relação às outras moedas.

Quer saber mais sobre Brasil, EUA, Zona do Euro e Reino Unido? Acompanhe a seguir os desdobramentos destes e outros acontecimentos.

Real vs Dólar
Real vs Euro
Real vs Libra Esterlina

Perspectivas

Os dados tanto de inflação quanto da atividade econômica americana sugerem que o ciclo de altas das taxas de juros deve ser retomado na reunião de novembro, e patamares elevados devem ser mantidos, na melhor das hipóteses, até 2025.

Em conjunto com o atual ciclo de cortes protagonizado pelo Banco Central do Brasil, que atualmente atua quase que de forma isolada nesse sentido, é provável que os mercados cambiais continuem a apresentar instabilidade.

Na próxima semana, teremos feriado no Brasil, mas a agenda trará indicadores importantes, dentre eles, o IPCA de setembro, que será divulgado na quarta-feira (11). Ainda na quarta, o Fed divulgará a ata da última reunião de política monetária. 

Apesar do feriado, na quinta-feira (12), o U.S. Bureau of Labor Statistics divulgará o resultado do índice de preços dos EUA, também referente ao mês de setembro. Na sexta, por fim, durante a madrugada, conheceremos dados chineses referentes à balança comercial de setembro. 

Frente a isso, permanece improvável que vejamos uma reversão de tendência em favor do real no curto prazo – movimento que deve se manter na próxima semana. 

Seguimos de olho.

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