De Olho no Câmbio #256: relativa estabilidade do câmbio brasileiro

Seguindo nos passos da semana anterior, os últimos dias também foram marcados por grande volatilidade nos mercados de câmbio; contudo, após momentos de fortes altas e baixas, o saldo final tenha sido de relativa estabilidade do câmbio brasileiro. Em relação ao dólar, os sinais mais intensos de arrefecimento da economia contribuíram para a leve valorização da divisa brasileira. Também ajudou o teor da Ata do Copom divulgado na última terça-feira (19), que favoreceu o tom cauteloso, sinalizando a manutenção do atual ritmo de cortes da Selic. Em relação às moedas europeias, porém, o real variou em caminho inverso, apresentando uma pequena desvalorização. O movimento contrasta com os dados de inflação da Zona do Euro e do Reino Unido, que foram ainda mais intensos do que aqueles observados nos EUA.

Quer saber mais sobre Brasil, EUA, Zona do Euro e Reino Unido? Acompanhe a seguir os desdobramentos destes e outros acontecimentos.

Real vs Dólar
Real vs Euro
Real vs Libra Esterlina

Perspectivas

Enquanto a desaceleração da economia americana segue em seus estágios iniciais, a expectativa é de que o processo se intensifique ao longo de 2024. 

O mesmo pode ser dito em relação aos juros de longo prazo, que continuaram em ritmo de queda nos últimos dias, e agora já se encontram em 3,89%, o menor patamar desde julho deste ano.

Por outro lado, novos riscos podem surgir em decorrência do cenário internacional, em especial a escalada de conflitos no Oriente Médio. 

O preço do petróleo operou em tendência de alta ao longo da semana, após os EUA anunciarem uma operação conjunta no Mar Vermelho, que ao bloquear um ponto importante do comércio internacional, o que deve contribuir para o aumento dos custos de exportação.

Em conjunto, tais fatores podem resultar em uma nova ascensão das pressões inflacionárias, o que colocaria em risco o arrefecimento observado até então, tanto no Brasil quanto nas economias desenvolvidas.

Seguimos de olho.