Decisão de juros nos EUA deixa o mercado de câmbio em compasso de espera

Visão Geral

O dólar comercial fechou a terça-feira (13) com variação de -0,1%, valendo R$4,8632, após ter começado o dia cotado a R$4,8676. O Euro fechou o pregão com variação de 0,2%, a R$5,2471, após ter iniciado o dia em R$5,2365.

O dólar iniciou esta quarta-feira (14) cotado a R$4,8630 e o Euro abriu o dia cotado a R$5,2471. Acompanhe nossa análise diária.

Agenda de hoje

Exterior

09h30 – EUA – Índice de Preços ao Produtor (mai) 

15h00 – EUA – Reunião FOMC 

16h00 – Reino Unido – PIB (Mensal) (mai) 

23h00 – China – Produção Industrial (Anual) (mai)

23h00 – China – Vendas no varejo (mai)

23h00 – China – Taxa de Desemprego (mai)

23h00 – China – Investimento em ativos fixos (mai)

Brasil

09h00 – IBGE – Pesquisa Mensal de Comércio (abr)

10h00 – Índice de Confiança do Empresário Industrial – CNI (jun)

14h30 – Fluxo Cambial (semanal)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

No Brasil, assim como no restante do mundo, o mercado de câmbio deve operar em compasso de espera pela decisão de política monetária do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve.

A despeito da força do mercado de trabalho norte-americano e da resiliência da atividade econômica de modo geral, os últimos dados de inflação abriram caminho para que o Fed opte por uma pausa no movimento de elevação dos juros.

Se confirmada, a pausa no ciclo de aumento da taxa básica de juros local pode representar também o fim do movimento de alta iniciado no ano passado, o que deve favorecer a moeda brasileira nos próximos meses.

Mais cedo, o Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês), divulgou os dados do índice de preços ao produtor relativos ao mês de maio. Segundo o BLS, a variação mensal foi negativa em 0,3%, abaixo das projeções do mercado que indicavam uma queda mais modesta, de 0,1%.

Voltando ao Brasil, o IBGE divulgou há pouco os dados do comércio varejista doméstico. Segundo o instituto, o volume de vendas cresceu 0,1% no mês de abril na comparação com o mês de março, contrariando as expectativas do mercado que esperavam por um aumento de 0,2%.

Embora o comércio varejista tenha avançado na margem, existem sinais evidentes de desaceleração em atividades mais dependentes do crédito, um sinal inequívoco do poder restritivo de carregar a taxa real de juros mais elevada do mundo.

A tendência do dia é de valorização da moeda brasileira.

Real x Euro

Na Europa, o mercado também espera pela decisão do Federal Reserve, nos Estados Unidos, mas a manhã já foi bastante movimentada no que diz respeito aos indicadores econômicos.

No Reino Unido, o PIB mensal de abril mostra ligeiro avanço da economia na abertura do segundo trimestre do ano. Existe grande possibilidade de que a economia britânica entre em recessão ao longo de 2023 por conta da inflação elevada e da consequente escalada da taxa de juros local.

O número não foi exatamente comemorado pelo mercado porque mais ou menos no mesmo horário foram divulgados os dados de produção industrial também relativos ao mês de abril. Segundo o órgão oficial de estatísticas, houve queda de 0,3% na comparação mensal e de 1,9% na variação interanual.

Na Alemanha e na Suécia os dados de inflação foram bem recebidos. Na Suécia o índice de preços ao consumidor variou 0,3% em maio, perfazendo uma inflação anual de 9,7% ante 10,5% registrado nos 12 meses encerrados em abril. Na Alemanha, o índice de preços ao produtor caiu 1,1% em maio, percentual abaixo das projeções do mercado. Em 12 meses o índice de preço no atacado cedeu a -2,6% ante deflação anualizada de 0,5% em abril.

A tendência do dia é de valorização do real.

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