DeFi, ou finanças descentralizadas, é um sistema financeiro que opera na tecnologia blockchain, permitindo transações sem intermediários como bancos. Surgiu em 2014 com o MakerDAO no Ethereum, revolucionando ao permitir operações diretas entre partes por meio de contratos inteligentes. Esses contratos, por sua vez, automatizam as transações garantindo segurança e transparência.
Neste artigo, exploraremos aspectos do DeFi, como as principais plataformas e produtos oferecidos, os benefícios em comparação com o sistema financeiro tradicional e os riscos associados. Abordaremos também como investir em DeFi e como essas estratégias podem gerar renda passiva. Continue a leitura!
A Remessa Online não faz indicação de investimento. A pessoa interessada em investir deve avaliar entre as várias opções do mercado qual melhor atende à sua necessidade ou procurar um especialista.
O que é DeFi?
DeFi, abreviação de “finanças descentralizadas”, é um conjunto de serviços e produtos financeiros que operam em redes blockchain, como a Ethereum. Diferente do sistema financeiro tradicional, o DeFi permite que pessoas realizem transações financeiras diretamente entre si. Com o DeFi, você pode emprestar dinheiro, fazer pagamentos, investir e muito mais, tudo de forma rápida e sem a burocracia dos bancos.
Como funciona o DeFi?
O DeFi (Finanças Descentralizadas) funciona por programas automáticos chamados contratos inteligentes em redes como a Ethereum. Esses contratos permitem que pessoas façam transações financeiras diretamente entre si, sem precisar de bancos ou outras instituições. Todas as transações são registradas de forma segura e transparente, usando criptografia para proteger os dados e garantir o anonimato. Cada transação recebe um código único, que serve como comprovante. Isso simplifica operações como empréstimos, pagamentos e investimentos, tornando o ambiente financeiro menos burocrático e mais acessível.
Quando o DeFi surgiu?
O DeFi surgiu em 2014 com o lançamento do MakerDAO, uma das primeiras organizações autônomas descentralizadas a operar na blockchain Ethereum. O conceito ganhou popularidade em 2015 quando a rede Ethereum começou a hospedar milhares de aplicações, incluindo protocolos como Uniswap. A revolução do DeFi se expandiu em dezembro de 2017 com a introdução da stablecoin DAI pelo MakerDAO, marcando um desenvolvimento na utilização de contratos inteligentes para gerenciar criptomoedas ancoradas em valores estáveis como o dólar.
Qual o tamanho do DeFi?
O tamanho do mercado DeFi era de US$ 1,69 trilhão em dezembro de 2023, segundo o Cointelegraph Brasil. Este valor representa um crescimento de 112% em comparação com o mesmo período de 2022, refletindo a crescente adoção de criptomoedas e a demanda por serviços financeiros descentralizados, além do avanço contínuo das tecnologias relacionadas.
Onde rodam as aplicações DeFi?
As aplicações DeFi rodam na rede Ethereum, a primeira a oferecer aos usuários uma plataforma open source, sendo possível criar aplicativos descentralizados (dApps). Outras blockchains também oferecem estrutura para finanças descentralizadas, como a Binance Smart Chain (BSC), a Solana (SOL) e a Avalanche (AVAX).
Quais são as principais aplicações DeFi?
Exchanges Descentralizadas
As Exchanges Descentralizadas, uma das principais aplicações DeFi, são corretoras que possibilitam que os investidores negociem criptomoedas entre si na rede P2P sem intermediários. As corretoras têm o controle oriundo de algoritmos e smart contracts diretamente entre as carteiras digitais de ambas as partes.
Exchanges Descentralizadas também são chamadas de DEX e dois exemplos delas são a Uniswap (UNI) e a PancakeSwap (CAKE). Elas se diferenciam de Exchanges Centralizadas por terem uma equipe e uma empresa no comando.
Plataformas de Empréstimos
As plataformas de empréstimos, umas das principais aplicações DeFi, operam como bancos e financeiras, e viabilizam que o usuário pegue empréstimos em criptomoedas. Porém, não há intermediários, com tudo sendo regido por smart contracts. Para ter acesso aos empréstimos é necessário utilizar as que já existem como garantia. MakerDAO e Compound são exemplos dessas plataformas.
Os usuários que emprestam valores depositam os ativos em liquidity pools, ferramentas que geram liquidez e distribuem o rendimento das operações.
Stablecoins
As stablecoins são criptomoedas ligadas a um ativo, como o ouro, prata ou moedas como dólar, euro e real. Por exemplo, o Tether (USDT) e o USD Coin (USDC). Ou seja, são criptomoedas estáveis, com baixa volatilidade que possibilita se expor ao mercado sem assumir muitos riscos.
Quais os maiores protocolos DeFi?
- MakerDAO (MKR);
- Uniswap (UNI);
- Aave (AAVE);
- Compound (COMP);
- Synthetix (SNX);
- Lido (LDO);
- SushiSwap (SUSHI).
Como investir em DeFi?
Para investir em DeFi, comece por escolher uma plataforma de exchange confiável e registrar-se. Após o cadastro, você pode comprar tokens de projetos DeFi para começar a participar do ecossistema.
É possível investir em ativos digitais, como tokens DeFi, para obter liquidez
Os tokens DeFi são ativos digitais que representam participação em uma aplicação DeFi. Eles podem ser usados para fornecer liquidez, votar em decisões de governança ou simplesmente como um investimento especulativo.
Tokens DeFi populares:
- Maker: token do protocolo Maker, que permite a criação de DAI, uma stablecoin descentralizada;
- Uniswap: token do protocolo Uniswap, que é uma corretora descentralizada;
- Aave: token do protocolo Aave, que permite empréstimos e empréstimos descentralizados.
Investir em empréstimos e empréstimos descentralizados não precisam do intermédio bancário
Investir em DeFi por empréstimos e empréstimos descentralizados permite que os usuários peguem ou emprestem criptomoedas sem a necessidade de um banco, ou outra instituição financeira tradicional. Já os empréstimos descentralizados são uma forma de obter liquidez sem vender suas criptomoedas. Os empréstimos descentralizados são uma forma de ganhar renda passiva emprestando suas criptomoedas.
Como pegar empréstimo em uma plataforma DeFi?
Para pegar um empréstimo em uma plataforma DeFi, você deve depositar criptomoedas como garantia, geralmente no mesmo valor ou mais do que deseja emprestar. Esse processo é gerenciado por um contrato inteligente que assegura as condições do empréstimo. Primeiro, você escolhe a quantia de empréstimo desejada e a criptomoeda para garantia. Após depositar a garantia, o empréstimo em criptomoeda é liberado para sua carteira digital. O contrato inteligente também define as taxas de juros e os termos de reembolso. Assim que o empréstimo e os juros forem pagos, sua garantia é desbloqueada e retornada a você.
Quais as vantagens do DeFi?
As vantagens do DeFi incluem custos reduzidos, pois não há necessidade de manter infraestruturas físicas ou arcar com custos operacionais de instituições financeiras tradicionais, resultando em taxas de juros mais baixas em empréstimos e taxas menores em trocas descentralizadas. O DeFi também possibilita a participação global, independentemente da localização geográfica. O anonimato é outra vantagem, já que as transações não exigem dados pessoais sensíveis, apenas as identificações de transações na blockchain. Por fim, oferece independência e controle sobre os próprios ativos financeiros, dando aos usuários mais autonomia em suas atividades financeiras.
Quais os riscos do DeFi?
Os riscos associados ao DeFi incluem a alta volatilidade dos tokens associados às plataformas DeFi, semelhante ao observado com criptomoedas como Ethereum e Bitcoin, onde os valores podem sofrer grandes flutuações diariamente. Além disso, a regulação do DeFi ainda é incerta e varia por região, o que pode representar desafios legais e a necessidade de os usuários manterem registros detalhados para fins tributários. Por fim, a complexidade e falta de usabilidade podem desencorajar usuários menos experientes devido à falta de interfaces amigáveis
Como se ganha dinheiro em DeFi?
Ganhar dinheiro em DeFi pode ser feito de duas maneiras: por staking e fornecimento de liquidez. No staking, você empresta suas criptomoedas a um protocolo DeFi para auxiliar na verificação de transações ou para suportar serviços de crédito, recebendo em troca juros pagos na criptomoeda do projeto. Já no fornecimento de liquidez, você deposita suas criptomoedas em um serviço automatizado que precisa de liquidez para facilitar transações de ativos digitais, ganhando rendimentos também em criptomoeda. Esses rendimentos são depositados diretamente em sua carteira digital. Se desejar convertê-los em dinheiro, você precisará fazer a conversão via uma exchange.
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Resumindo
DeFi é o nome dado a uma mescla de serviços e produtos financeiros, como empréstimos, transferências e sistemas de pagamento baseados na rede blockchain de código aberto, que é um tipo de banco de dados descentralizado e definitivo.
O DeFi funciona a partir de smart contracts, um programa autoexecutável que utiliza da tecnologia blockchain para garantir o cumprimento de um acordo firmado e para que as transações não necessitem de intermediários.
O modo mais usual de ganhar dinheiro em DeFi é por meio de staking, cujo o investidor empresta um ativo para um protocolo para providenciar o trabalho de verificação de transações ou para alimentar serviços de crédito em cripto. Ao final do processo, ele ganha juros na forma do token do projeto.
Crédito de imagem: Envato Elements