Economia e mercado

“Depois de um início de semana calmo para o Brasil vem mais turbulência da Europa”

Visão Geral

O dólar comercial fechou a segunda-feira (19) com variação de -1,3%, valendo R$5,1693, após ter começado o dia cotado a R$5,2386. O Euro fechou o pregão com variação de -1,0%, a R$5,1835, após ter iniciado o dia em R$5,2365.

A moeda americana iniciou esta terça-feira (20) cotada a R$5,1727, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,1865.

Agenda de hoje

Exterior

03h00 – Alemanha – Índice de preços ao produtor (ago)

05h00 – Zona do Euro – Transações Correntes (jul)

16h00 – Argentina – PIB (2º Q)

Brasil

08h00 – IGP-M – 2ª prévia – (set)

10h00 – Sondagem da Indústria da Construção (set)

Perspectiva para o dia

Real x Dólar

Sim, o mercado de câmbio abriu a segunda-feira sem direção, com maiores probabilidades de desvalorização da moeda brasileira, considerando o comportamento do Dólar sobre a maioria das moedas dos países subdesenvolvidos, mas os agentes não contavam com o apoio explícito do ex-candidato à presidência da República e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Com o apoio de Meirelles à campanha do ex-presidente Lula, o mercado entendeu que, se eleito, Lula teria compromisso com a saúde fiscal do país no curto prazo, haja vista que a presença de Meirelles na reunião de ontem deixou no ar a possibilidade de que ele integre o time de um eventual governo Lula.

O dólar abriu o dia avançando contra as principais moedas dos mercados emergentes do mundo todo e pelo comportamento dos preços e bancos centrais europeus, deve reverter parte dos ganhos do Real registrados na segunda-feira.

Real x Euro

Na Europa, o índice de preços ao produtor alemão assustou o mercado ao saltar 7,9% só no mês de agosto. A expectativa de mercado, que deve ser um mercado marciano para fazer uma projeção tão fora da realidade, era de avanço de apenas 1,6% no mês.

Com o resultado de agosto a inflação ao produtor acumulada em 12 meses saltou de 37,2% para 45,8%, de longe, o nível mais elevado em toda a série histórica disponível.

Na prática, o salto nos preços aos produtores indica que vem mais pressão nos preços aos consumidores e isso significa que o Banco Central Europeu terá que ter mesmo coragem de fazer o que acabou de fazer o banco central sueco, aumentar as taxas de juros em pelo menos 1% a cada nova reunião pelos próximos meses.

A tendência do dia é de desvalorização do Real.

Seguimos de olho.

André Galhardo

Economista-chefe da Análise Econômica, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, e é autor do livro “O Salto do Sapo: a difícil corrida brasileira rumo ao desenvolvimento econômico.”

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