Visão Geral
O dólar comercial fechou a segunda-feira (18) com variação de -0,93%, valendo R$4,6536, após ter começado o dia cotado a R$4,6971. O Euro fechou o pregão com variação de -1,3%, a R$5,0168, após ter iniciado o dia em R$5,0831.
A moeda americana iniciou esta terça-feira (19) cotada a R$4,6532, e o Euro abriu o dia cotado a R$5,0161.
Agenda de hoje
Exterior
12h30 – EUA – Reunião de primavera do FMI
13h00 – EUA – Estoques de petróleo API (semanal)
Sem horário definido – China – Taxas de referência para empréstimo de 1 a 5 anos PBoC
Brasil*
05h00 – IPC-Fipe (Semanal)
10h00 – Sondagem industrial CNI (abril)
Perspectiva para o dia
Real x Dólar
Nesta terça-feira de agenda leve, o dólar começou o dia com viés de alta, após ter caído pontualmente nos primeiros minutos do pregão. O movimento reflete certa cautela renovada com a guerra na Ucrânia e perspectiva de aumento de juros mais agressivo nos Estados Unidos.
O petróleo caiu ainda mais nessa manhã, em torno dos 2%, pressionado por incertezas sobre o crescimento da economia global. A expectativa de arrefecimento do crescimento é alimentado pelo lockdown imposto em várias cidades da China nas últimas semanas, incluindo Xangai.
No Brasil, o IPC-Fipe cresceu 1,72% na segunda quadrissemana de abril, ganhando força em relação ao aumento de 1,56% da quadrissemana anterior. O resultado é reflexo da ampliação de seis dos sete componentes do índice, com destaque para Alimentação (de 3,01% para 3,34%).
A inflação permanece alta no Brasil e a perspectiva de alta da Selic permanece firme. Nesse contexto, a tendência do dia é de desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar.
Real x Euro
A reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) trouxe falar importantes sobre o impacto da Guerra na Ucrânia sobre a economia global. Segundo o economista Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe da instituição, a economia global vai desacelerar bastante por conta da guerra e a inflação vai aumentar.
A alta dos preços vem em função de um elemento bastante prático: a fragmentação da economia global em blocos geopolíticos. Isso deve desestruturar e reconfigurar as cadeias de globais de valor de modo a elevar os preços em escala global.
Em grande medida, estamos vendo um “laboratório” desse fenômeno na Europa e no Reino Unido. Apesar de tudo, economistas e analistas avaliam que não há risco de recessão no bloco europeu, apesar da desaceleração em curso.
Em função da agenda esvaziada e da recomposição de expectativas, a tendência do dia é de desvalorização do real em relação ao Euro, acompanhando o movimento do dólar.
Seguimos de olho.