Dólar: desdobramentos do acordo entre EUA e China

Primeira fase de acordo comercial entre China e Estados Unidos foi assinada. Ambas as partes tiveram que fazer concessões, mas algumas perguntas ainda permanecem sem respostas. Dólar tem forte valorização frente ao real.

O ponto alto desta semana, definitivamente, foi a tão esperada assinatura da chamada  “primeira fase” do acordo comercial entre e . Dentre os principais pontos do acordo, a se compromete a comprar produtos agrícolas dos .

Não há um detalhamento sobre quais produtos serão adquiridos, mas o mercado entende que a CHina deve demandar especialmente a soja estadunidense, uma vez que é um produto relevante na pauta de exportações americana e importante para a China.

Com isso, o debate se voltou para o Brasil e os desdobramentos desse trecho do acordo. Estima-se que há há um risco de queda de US$ 10 bilhões em exportações brasileiras para a China de produtos que haviam sido substituídos pelos chineses.

Por outro lado, outro elemento importante para o Brasil foi a notícia de que os endossarão a candidatura brasileira a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) – o chamado “clube dos ricos). Trata-se de um anseio antigo do país, que vem ganhando fôlego no atual governo.

Ainda é cedo para afirmar quais são os desdobramentos de uma eventual entrada do da OCDE, mas estima-se que o volume de exportações brasileiras pode aumentar, bem como o volume de investimentos direcionados ao país.

De todo modo, a notícia parece não ter causado grande impacto, uma vez que o fortalecimento do foi destaque de desempenho nesta semana. A moeda norte-americana saiu dos 4,0895 na abertura do pregão de segunda-feira (13) e atingiu 4,1851 na abertura do pregão desta sexta-feira (17). Trata-se de uma depreciação do de aproximadamente 2,34%.

Leia também as análises da semana para o Euro e para a Libra Esterlina.

André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.

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