O dólar passa por uma tsunami de dificuldades. O primeiro ponto de atenção, diretamente ligado ao Covid-19 e a quarentena, é o desemprego. Em duas semanas, o número de pedidos iniciais de seguro desemprego nos EUA saiu de 282 mil, pulou para 3,3 milhões e, no dia 2 de abril, saltou para 6,6 milhões.
O governo americano, que adotou medidas de restrição tardias, já considera um número de mortos decorrentes do novo coronavírus, na casa dos 240 mil. A situação preocupa bastante, especialmente pelo fato de que os EUA não possuem um sistema de saúde estruturado como o brasileiro.
Complementarmente, como consequência dessa primeira onda do coronavírus, há enormes esforços em estimar qual o tamanho e o impacto da segunda onda – ligada mais diretamente às questões econômicas. Por enquanto, analistas e economistas falam em queda brusca do PIB. No caso brasileiro, por exemplo, algumas estimativas já apontam para queda de até 5% do produto em 2020.
Por fim, em meio a esse cenário, o dilema do petróleo permanece. O preço do barril do petróleo preços tão baixos, que levou a Petrobras a avaliar a atual conjuntura como a pior crise em 100 anos. O Barril WTI, por exemplo, chegou a atingir o patamar de US$ 19,27.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) já buscam articular um corte conjunto histórico na produção para controlar a oferta e elevar os preços a patamares condizentes com os anteriores.
Nesse cenário de grande incerteza e dificuldades econômicas o dólar começou a semana cotado a R$ 5,118 na abertura do pregão de segunda-feira (30/3) e, na abertura do pregão desta sexta-feira (2/4), a moeda americana estava cotada a R$ 5,2557, uma depreciação de aproximadamente 2,69% do real.
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