Dólar e Euro abrem esta quarta na expectativa dos dados de atividade econômica no Brasil e na Europa e na fala de Jerome Powell, presidente do FED.
O Dólar americano fechou a terça-feira cotado a R$ 4,1693 após ter começado o dia cotado a R$ 4,1514. O Euro fechou o dia cotado a R$ 4,5912 após ter iniciado o dia cotado a 4,5826. A moeda europeia abriu esta quarta-feira cotada a R$ 4,5910 e o Dólar americano a R$ 4,1650.
Agenda de hoje
Na agenda doméstica o indicador mais aguardado virá da pesquisa mensal do comércio. Além disso, será conhecido o levantamento da safra de grãos feito pela Conab.
No exterior a agenda estará mais movimentada. Na Europa serão conhecidos a variação de preços ao consumidor alemão referente ao mês de outubro e a produção industrial da Zona do Euro referente ao mês de setembro.
Nos Estados Unidos ficará conhecida a variação de preços ao consumidor referente ao mês de outubro e, após isso, o mercado ficará de olho na fala do presidente do Banco Central, Jerome Powell.
Na Ásia serão divulgados dados do PIB japonês referente ao terceiro trimestre e a produção industrial e investimentos chineses.
Perspectivas para o dia
Real x Dólar
O Dólar abriu mais um dia em alta, evidenciando um movimento especulativo relevante. Duas coisas podem explicar o movimento errático do câmbio aqui no Brasil. O primeiro diz respeito às intervenções do Banco Central no mercado à vista. Não se sabe ao certo por quanto tempo o Bacen levará adiante essa política.
O segundo está ligado ao desgaste político do PSL, da votação do STF sobre prisão em segunda instância, e agora, a possibilidade de uma nova constituinte para alterar a constituição brasileira. Neste contexto, a direção do Dólar é quase uma loteria, mas o real deve perder força novamente em relação ao Dólar nesta quarta-feira.
Real x Euro
Na esteira do movimento que determinará a cotação da moeda americana, o Euro deve apresentar apreciação frente ao Real nesta quarta-feira. A despeito dos indicadores econômicos, não se espera grandes choque vindos do velho continente, a cotação do Euro deve responder mais aos estímulos domésticos do Brasil.
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.