Veja como as expectativas para as negociações entre Estados Unidos e China sobre a guerra comercial impactaram a cotação do dólar na semana
O Dólar comercial começou a semana cotado a 4,0563 e fechou o pregão de segunda-feira (7) cotado a 4,1071. Trata-se de uma depreciação do em torno de 1,25%.
Na segunda-feira o real teve uma boa desvalorização, mas o movimento não foi intensificado durante a semana. Mesmo que em determinado momento da quinta-feira (10) a cotação tenha batido a máxima de R$ 4,1371, fechou o dia em R$ 4,1101 variando em -0,01% em relação a abertura.
Embora não haja uma explicação exata para essa depreciação do Real na semana, boa parte pode ser compreendida pela expectativa das tratativas comerciais entre EUA e China que começaram na quinta-feira e concentram as atenções do mercado nesta sexta-feira.
Há muitas dúvidas sobre os possíveis resultados concretos desse encontro, o que ajuda a conter um pouco o otimismo dos investidores. Por ora, todos parecem aguardar notícias.
Aqui no Brasil, a aprovação em votação do acordo da cessão onerosa no plenário da Câmara na noite de quarta-feira (9) teve desdobramentos sobre o , o que abriu as portas para que a votação em segundo turno da reforma da Previdência no Senado se realizasse.
Nesse contexto, a americana saiu de 4,0563 na segunda-feira e abriu o pregão de sexta-feira (4) negociada na casa dos 4,1089. O Real acumula, portanto, uma depreciação de aproximadamente 1,3%.
Veja também as análises para o euro e a libra esterlina.
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.