Dólar hoje abre em baixa em dia de agenda esvaziada. Cenário de incerteza permanece sobre a cotação da semana.
O Dólar americano fechou a quinta-feira cotado a R$ 4,1951 após ter começado o dia cotado a R$ 4,1700. O Euro fechou o dia cotado a R$ 4,6243 após ter iniciado o dia cotado a 4,5900. A moeda americana abriu esta segunda-feira cotada a R$ 4,1738 enquanto o Euro abriu o dia cotado a R$ 4,6383.
Agenda de hoje
A agenda econômica está bastante esvaziada, tanto para dados do exterior quanto para dados domésticos.
Sobrará tempo para observar o comportamento da balança comercial semanal do Brasil e o resultado do PIB chileno referente ao terceiro trimestre deste ano.
Perspectivas para o dia
Real x Dólar
A despeito da agenda de indicadores estar esvaziada nesta segunda-feira, isso não é sinal de tranquilidade no mercado de câmbio. Tal como tem ocorrido nos últimos dias, a moeda brasileira deve surfar a onda da incerteza política e econômica doméstica e externa. No Brasil, seguem as disputas em torno da possibilidade de prisão em segunda instância, soma-se ao imbróglio da Lava-Jato o processo de fundação de um novo partido por parte do Presidente da República.
No setor externo as atenções estarão voltadas para os Estados Unidos, não pelo discurso do presidente do FED de Cleveland, mas pelos desdobramentos do impeachment do presidente Donald Trump e pelos novos capítulos da novela chamada Guerra Comercial. Neste sentido, estamos a mercê dos protestos na Bolívia e Chile que atuarão pela desvalorização do Real frente ao Dólar e pela agenda política nacional. A fala de Bolsonaro indicando que a reforma administrativa pode demorar um pouquinho, pode atuar também pela desvalorização da moeda brasileira.
Real x Euro
Dados que apontaram estabilidade da produção industrial da Zona do Euro podem trazer alguma força para a moeda europeia nesta segunda-feira. Além disso, apesar da demora – cenário esperado até as eleições norte americanas – há alguma possibilidade de acordo da fase 1 da guerra comercial entre China e Estados Unidos, com isso, Alemanha e França, por exemplo, seriam beneficiadas pela retomada dos setores exportadores.
André Galhardo é economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, professor e coordenador universitário nos cursos de Ciências Econômicas. Mestre em Economia Política pela PUC-SP, possui ampla experiência em análise de conjuntura econômica nacional e internacional, com passagens pelo setor público.