Dólar hoje (05/03): DXY cai com postura isolacionista de Trump

O dólar hoje abriu esta quarta-feira (05) em R$5,9038, após ter atingido a mínima de R$5,8227 durante a última sexta-feira (28). O dólar fechou o dia (28) com alta de 0,77%, marcando R$5,8852. As tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, anunciadas por Donald Trump, finalmente entraram em vigor nesta terça-feira (4), após um mês de adiamento. Além disso, a taxa extra de 10% sobre importações chinesas foi oficializada, elevando a carga tributária total para 20%.
Dólar Hoje: Confira a cotação do dólar comercial e turismo em tempo real
A resposta dos países afetados veio rapidamente. O Canadá implementou tarifas retaliatórias de 25% sobre mais de US$100 bilhões em produtos norte-americanos, conforme já havia sido sinalizado pelo primeiro-ministro Justin Trudeau. A China também endureceu sua postura, aplicando novas taxas de até 15% sobre mercadorias dos EUA, elevando ainda mais a tensão comercial entre as potências globais. O ambiente de incerteza preocupa analistas, mas apesar disso, o índice do dólar (DXY) recuou para o menor nível em mais de quatro meses, atingindo 104,40 pontos com a possibilidade de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
<H2> Dólar hoje
O dólar hoje deve iniciar o pregão em queda. O DXY recuou para o menor nível em 4 meses com a possibilidade de acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
Dólar Comercial
- Compra: R$5,8852
- Venda: R$5,8855
Dólar turismo
- Compra: R$5,9460
- Venda: R$6,1260
Atualização: 05 de março às 12h00
O dólar comercial e o dólar turismo são dois tipos diferentes de cotações do dólar, com valores ligeiramente diferentes devido a taxas adicionais.
Desempenho da Bolsa Brasileira
O Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira (28) com queda de 1,60%, fechando o dia aos 122.799 pontos. O Ibovespa chegou a tocar as mínimas da sessão desta sexta-feira (28), véspera de Carnaval, refletindo as tensões entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. No cenário doméstico, outro ponto de atenção para os investidores foi a escolha de Gleisi Hoffmann para assumir a coordenação política do governo. Durante o pregão, o índice não caía abaixo dos 123 mil pontos desde 27 de janeiro.
Reforçando a postura firme de Trump, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou recentemente que “não há acordo quando um líder não quer paz”. Em entrevista à Bloomberg TV, ele indicou que caberá ao presidente americano resolver a situação com Zelensky. Mais cedo, Trump criticou o líder ucraniano, dizendo que ele “desrespeitou os EUA em seu querido Salão Oval” e que só será bem-vindo novamente “quando estiver pronto para a paz”.
Expectativas para março
O câmbio brasileiro mantém trajetória relativamente estável, acumulando ganhos desde janeiro. Em dezembro, o real chegou a se desvalorizar até R$6,20, mas já em meados de janeiro, recuperou-se até atingir R$5,67 em fevereiro. A forte oscilação do fim do ano passado parece ter sido um reflexo exagerado do momento, e agora a moeda encontra um ponto de equilíbrio mais alinhado aos fundamentos macroeconômicos do país.
No entanto, o cenário ainda inspira cautela. No ambiente externo, a imprevisibilidade da Casa Branca, que oscila entre ameaças e recuos, continua gerando incertezas nos mercados. Apesar disso, o nível de tensão se mostra mais contido do que o inicialmente esperado. Um novo fator que pode aliviar o cenário externo é a tendência cada vez mais clara de finalização do conflito armado entre Ucrânia e Rússia.