Dólar hoje (10/02): Tarifas de Trump e ampliação do Bolsa Família repercutem negativamente no mercado
O dólar hoje abriu esta segunda-feira (10) em R$5,7988, após ter atingido a mínima de R$5,7349 durante a última sexta-feira (07). O dólar fechou o dia (07) em alta, marcando R$5,8058. No cenário internacional, o mercado reagiu às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre tarifas recíprocas. No domingo (9), Trump afirmou que pretende anunciar, já nesta segunda-feira, uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA – setores que incluem exportações brasileiras, elevando preocupações entre investidores.
Dólar Hoje: Confira a cotação do dólar comercial e turismo em tempo real
Além do fortalecimento do dólar frente a moedas fortes e emergentes, houve incômodo no mercado doméstico com declarações do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias. Em entrevista à Deutsche Welle, Dias revelou que o governo avalia um possível reajuste no valor do Bolsa Família, justificando a medida pelos altos preços dos alimentos. A fala gerou apreensão no mercado, alimentando incertezas sobre o impacto fiscal da iniciativa 0.
Dólar hoje
O dólar hoje deve iniciar o pregão em alta. Ampliações das tarifas e do Bolsa Família deve trazer volatilidade ao mercado.
Dólar Comercial
- Compra: R$5,8070
- Venda: R$5,8100
Dólar turismo
- Compra: R$5,836
- Venda: R$6,016
Atualização: 10 de fevereiro às 08h30
O dólar comercial e o dólar turismo são dois tipos diferentes de cotações do dólar, com valores ligeiramente diferentes devido a taxas adicionais.
Desempenho da Bolsa Brasileira
O Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira (07) com baixa de 1,27%, fechando o dia aos 126.619 pontos. O humor no mercado brasileiro azedou na reta final do pregão, com a curva de juros de curto prazo renovando máximas. O motivo foi a repercussão negativa entre analistas e investidores sobre a possibilidade de reajuste no Bolsa Família, levantada pelo governo. No cenário externo, declarações de Donald Trump sobre tarifas recíprocas também adicionaram tensão ao mercado.
Diante desse quadro, os investidores passaram a exigir prêmios mais altos nos contratos de DI, elevando a curva de juros nos vencimentos mais curtos. Para a bolsa, isso significa menor apetite por ativos de risco, já que a renda fixa se torna mais atrativa. No mercado de juros, a taxa do DI para janeiro de 2026 subia para 15,015%. Já o contrato para janeiro de 2027 avançava para 15,17%, enquanto o DI para janeiro de 2029 subia para 14,845%.
Expectativas para março
O câmbio brasileiro segue relativamente estável, amparado pela robusta arrecadação de dezembro, que resultou em um déficit primário de apenas 0,1% do PIB, dentro da meta fiscal. No entanto, a tranquilidade é apenas aparente: o mercado continua pressionando o governo por cortes de gastos mais incisivos, enquanto a alta dos juros deve começar a afetar a atividade econômica a partir do segundo semestre.
No cenário externo, a postura volátil da Casa Branca, alternando entre ameaças e recuos, mantém um clima de incerteza nos mercados. Ainda assim, a tensão é menor do que se temia. Caso Trump amplie e concretize novas medidas protecionistas, as bolsas podem sofrer novas quedas, enquanto o dólar tende a se fortalecer no cenário global, colocando pressão adicional sobre o real.