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 Dólar hoje (21/02): Suspensão de Plano Safra reflete alta de juros e pressio o Congresso

Dólar abriu a R$5,7029 às 09h00 nesta sexta-feira (21). Mercado financeiro acompanha a cotação em um dia com importantes indicadores.

O dólar hoje abriu esta sexta-feira (21) em R$5,7029, após ter atingido a mínima de R$5,6861 durante a última quinta-feira (20). O dólar fechou o dia (20) com baixa de 0,32%, marcando R$5,7029. O Tesouro Nacional determinou nesta quinta-feira (20) a suspensão dos financiamentos agrícolas subvencionados do Plano Safra 2024/25, medida que passa a valer a partir de sexta-feira. A decisão ocorre enquanto o Projeto de Lei Orçamentária de 2025 segue em discussão no Congresso Nacional.

Dólar Hoje: Confira a cotação do dólar comercial e turismo em tempo real  

No comunicado enviado às instituições financeiras, o Tesouro destacou o aumento dos custos dos programas subsidiados, enquanto analistas apontam que a elevação da taxa Selic desde o lançamento do Plano Safra tem pressionado as despesas com esses financiamentos. Além disso, mesmo que de forma não explícita, a decisão também procura pressionar o Congresso para aprovar o Orçamento de 2025.

Dólar hoje

O dólar hoje deve iniciar o pregão em baixa. A tendência de melhora na situação da Guerra da Ucrânia e recuo de Trump frente às tarifas, devem trazer acomodação no mercado.

Dólar Comercial

  • Compra: R$5,7000
  • Venda: R$5,7030

Dólar turismo

  • Compra: R$5,7450
  • Venda: R$5,9250

Atualização:  21 de fevereiro às 09h00
O dólar comercial e o dólar turismo são dois tipos diferentes de cotações do dólar, com valores ligeiramente diferentes devido a taxas adicionais.

Desempenho da Bolsa Brasileira

O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira (20) com alta de 0,23%, fechando o dia aos 127.600 pontos. As ações da Vale (VALE3) saltaram 3,50%, impulsionadas pelo otimismo dos investidores com os ganhos de eficiência operacional apresentados no balanço da companhia, além da valorização expressiva do minério de ferro.  

Já a Petrobras teve desempenho misto: enquanto os papéis PN (PETR4) recuaram 0,10%, as ações ON (PETR3) avançaram 0,50%, refletindo a alta do petróleo. O movimento foi influenciado por novas preocupações com a oferta, após mais um ataque ucraniano a infraestruturas energéticas russas, além da divulgação dos estoques nos EUA pelo Departamento de Energia (DoE), que vieram bem acima das expectativas do mercado.

Expectativas para março

O câmbio brasileiro mantém trajetória relativamente estável, acumulando ganhos desde janeiro. Em dezembro, o real chegou a se desvalorizar até R$6,20, mas já em meados de janeiro, recuperou-se até atingir R$5,67 em fevereiro. A forte oscilação do fim do ano passado parece ter sido um reflexo exagerado do momento, e agora a moeda encontra um ponto de equilíbrio mais alinhado aos fundamentos macroeconômicos do país.  

No entanto, o cenário ainda inspira cautela. No ambiente externo, a imprevisibilidade da Casa Branca, que oscila entre ameaças e recuos, continua gerando incertezas nos mercados. Apesar disso, o nível de tensão se mostra mais contido do que o inicialmente esperado. Caso Trump intensifique e efetive novas políticas protecionistas, as bolsas podem sofrer novos recuos, enquanto o dólar tende a ganhar força globalmente, adicionando pressão sobre o real.

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