Dólar hoje (21/03): Orçamento prevê superávit de R$15 bilhões

O dólar hoje abriu esta sexta-feira (21) em R$5,6797, após ter atingido a mínima de R$5,6452 durante a última quinta-feira (20). O dólar fechou o dia (20) com alta de 0,55%, marcando R$5,6797. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deu aval ao texto-base do Orçamento da União para 2025, que soma R$5,8 trilhões. Desse montante, R$1,5 trilhão será direcionado ao refinanciamento da dívida pública. O projeto prevê um superávit de R$15 bilhões, superando a projeção inicial do governo, embora, segundo o Novo Arcabouço Fiscal, a meta estipulada seja de déficit zero. Entre os principais pontos, destacam-se R$50 bilhões reservados para emendas parlamentares, um corte de R$7,7 bilhões no Bolsa Família, R$18 bilhões destinados ao Minha Casa, Minha Vida e um reajuste do salário mínimo para R$1.518. O texto segue agora para deliberação final no Congresso.
Dólar Hoje: Confira a cotação do dólar comercial e turismo em tempo real
Paralelamente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o projeto de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil deve ser aprovado sem grandes entraves pelo Congresso. Se sancionada, a medida passará a valer a partir de 2026, estendendo benefícios também a quem recebe até R$7 mil, por meio de descontos parciais.
Dólar hoje
O dólar hoje deve iniciar o pregão em queda. O DXY se mantém no menor nível em cerca de 4 meses, no entanto, a retomada das agressões na Faixa de Gaza e as declarações de Trump de que as portas do inferno se abrirão (sic), podem trazer volatilidade nesta sexta-feira.
Dólar Comercial
- Compra: R$5,6788
- Venda: R$5,6793
Dólar turismo
- Compra: R$5,712
- Venda: R$5,892
Atualização: 21 de março às 09h00
O dólar comercial e o dólar turismo são dois tipos diferentes de cotações do dólar, com valores ligeiramente diferentes devido a taxas adicionais.
Desempenho da Bolsa Brasileira
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira (20) com queda de 0,42%, fechando o dia aos 131.954 pontos. Os bancos lideraram as perdas entre as blue chips, com destaque para Santander (SANB11) e Bradesco ON (BBDC3), que recuaram 0,63% e 1,23%, respectivamente. Itaú (ITUB4) também fechou em baixa de 0,83%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) cedeu 0,67% e Bradesco PN (BBDC4) caiu 0,48%. O mercado segue avaliando os impactos da alta da Selic, com receios de que o crédito sofra um enfraquecimento, seja pela menor demanda ou pelo aumento da inadimplência diante dos juros elevados.
A Vale (VALE3) acompanhou o desempenho do minério de ferro e encerrou o dia com queda de 0,31%. Na Bolsa de Dalian, na China, o contrato mais líquido da commodity, com vencimento em maio de 2025, registrou baixa de 0,46%, sendo negociado a US$105,37 por tonelada. Por outro lado, as ações da Petrobras tiveram um dia positivo, impulsionadas pela valorização do petróleo. Os papéis PETR4 avançaram 0,22%, enquanto PETR3 subiu 0,46%. No mercado internacional, o Brent registrou alta de 1,72% na ICE, em Londres, e o WTI teve ganho de 1,73% na Nymex, em Nova York.
Expectativas para abril
A moeda brasileira deve seguir oscilando próximo de R$5,70. Os efeitos das políticas tarifárias de Donald Trump ainda são incertos e isto tem gerado insegurança e movimentos imprevisíveis no mercado. Alguns analistas apontam para uma chance de recessão com inflação nos EUA – caso esse cenário comece a se materializar, os fluxos de capital devem retornar aos EUA de forma acentuada.
Além disso, a Guerra da Ucrânia tem se aproximado da resolução. Apesar de não ter sido encerrada, os contatos estão cada vez mais direcionados para uma resolução da questão, fator que pode retirar incerteza do mercado cambial.